Você vai encontrar, eu sei.
HENRY
Volto para casa andando nas nuvens. Nem acredito que a tive em meus braços mais uma vez. Está leve como uma pluma, será que está tão gravemente doente como diz? Não vou deixá-la ir ao médico sozinha, que tipo de homem eu seria se deixasse?
O carro para. Não! Não disse a Otto que iria para o Hotel. Respiro fundo e subo para o meu apartamento. Quando chego ao meu andar, escuto música e vozerio vindo dele. Me aproximo devagar, a porta está entreaberta.
Pessoas formam pequenos grupos, conversam e riem enquanto uma música brasileira preenche o ambiente. Ao me ver perdido, Katia vem até mim com uma taça de champanhe.
— Boa noite, marido! Não sabia que viria para casa esta noite, então resolvi dar uma festa.
— Quem são essas pessoas? Achei que não conhecia ninguém aqui.
— Ah! Achou que nunca tinha vindo para a América? — ela gargalha, jogando a cabeça para trás de um jeito muito genuíno. — Moramos aqui cerca de uns oito anos aleatórios. Primeiro dois, depois três, dois e depois um. Não