O chá seguia seu curso entre sorrisos ensaiados, xícaras tilintando e conversas políticas mascaradas de cortesia.
"Irei ao banheiro", disse Kael, levantando-se com um ar entediado.
Mas ao invés de seguir pelos corredores internos, desviou para o pátio, atravessando as escadarias de pedra até onde estavam estacionadas as carruagens da Casa Cobalto. Seu olhar era afiado, determinado.
— Olha só — disse ao cocheiro, com a voz baixa e incisiva — invente qualquer desculpa plausível e nos faça passar a noite aqui. Fale de um problema no eixo, atraso da comitiva, o que for. Entendeu?
O homem assentiu, visivelmente desconfortável. Kael não se importava.
— Não saio daqui sem um encontro decente com a Lady Emma — murmurou para si, frustrado.
O aroma delicado de ervas finas e doces bolos preenchia o ar. Sentado à cabeceira, o rei Aldrak pousou a xícara com elegância e se dirigiu à duquesa Maelia Crowne, da Casa Prateada, e ao rei Thalric Varden, da Casa Cobalto:
— Os vilarejos têm