UM CONSELHO E HARMONIA

A casa já estava imersa em um silêncio acolhedor, quase mágico, quando Dean subiu as escadas, sentindo cada passo ressoar como um lembrete de suas responsabilidades.

Roxy dormia serenamente no berço, seus braços erguidos em um gesto de inocência, e o rostinho tranquilo iluminado pela suave luz amarelada do abajur, que criava sombras dançantes nas paredes.

A atmosfera era tão pacífica que parecia quase etérea. Rachel, com delicadeza e uma ternura quase maternal, terminava de cobri-la, ajeitando o lençol com as pontas dos dedos, como se estivesse preparando seu pequeno lar para os sonhos mais doces.

O gesto calmo e protetor dela fez algo dentro dele apertar — talvez fosse arrependimento pela decisão precipitada de confiar sua filha a outra, talvez a vergonha de reconhecer que não tinha dado o suporte emocional necessário à situação.

Ele parou à porta, a visão de Roxy em seu leito evocando um misto de amor e insegurança