A atmosfera estava tensa, o ar parecia prestes a se transformar em gelo. Avô e neto não cederam um ao outro, e a situação já havia chegado a um ponto difícil de contornar.
— Ah, haha... Ora, papai, Benjamin! Foi tão difícil juntar toda a família para um jantar. Vamos parar com isso! — Disse Hélio, com um sorriso conciliador, enquanto se aproximava de Osvaldo, ajudando-o a se sentar e massageando seus ombros. — Papai, Benjamin tem se esforçado tanto para administrar o enorme Grupo Júnior. Ele trabalha dia e noite, sem descanso. Ele é o maior pilar da nossa família!
Benjamin olhava para ele com frieza, sem esconder o desprezo em seus olhos. Conhecia muito bem aquele sorriso falso e sabia que Hélio não estava planejando nada que prestasse.
— Pense bem, papai. Em todos esses anos, Benjamin já pediu algo ao senhor?
Osvaldo franziu a testa e, por um breve momento, parou para refletir. Seu primogênito havia falecido cedo, deixando Benjamin como o único neto homem da família. Desde jovem