Charles encarou o número desconhecido na tela do celular, paralisado por um momento.
Poucas pessoas tinham acesso ao seu número privado, e ele nunca atendia chamadas de desconhecidos. Mas, dessa vez, seu coração disparou de forma incontrolável, como se algo o empurrasse a atender.
Com os dedos trêmulos, ele pressionou o botão e aproximou o aparelho do ouvido:
— Quem é?
Do outro lado da linha, o som da chuva forte e do vento uivante tornava a chamada caótica.
— Por favor, quem está falando?
Em qualquer outra ocasião, Charles teria desligado sem hesitar. Mas agora, algo o fez esperar, prender a respiração, como se soubesse que a próxima palavra mudaria tudo.
— Chad... Sou eu...
A voz fraca e entrecortada de Olívia atravessou a linha, misturada ao barulho da tempestade. Apesar de fragmentada, cada sílaba atingiu o peito de Charles como uma lâmina afiada, rasgando-o por dentro.
— Vivia? — Os olhos de Charles brilharam de uma mistura de surpresa e alegria, e ele se levantou de repente, com