No metrô, Suze sentou num banco vazio. Liz e eu ficamos em pé. Eu não estava acostumada com o trem e quase caí em cima dela na primeira parada. Ela passou as mãos na minha cintura supostamente para me segurar e deixou a mão ali. Até o desembarque. Cada toque dela me dava uma paz esquisita. Como se já nos conhecêssemos há muito tempo.
Chegamos ao bar e uma imensa fila estava formada na porta. Liz nos guiou até o final e não pude deixar de notar sua popularidade por lá.
— Hey, Liz! — uma garota gritou do começo da fila. — Vem ficar aqui com a gente.
— Obrigada, estou bem aqui — respondeu, esfregando os braços, tentando se esquentar. Senti uma pontada de arrependimento por não ter trazido um casaco. —Seria o momento perfeito para usar meu lado galanteador.
— Todas essas pessoas são gays? — Suze analisava a fila. — Parecem tão... sei lá.
— Normais? — Liz sugeriu. — Odeio te decepcionar, mas gays são pessoas comuns.
— Então eu não vou ver um homem gostoso de cueca de couro com plumas rosa