Alice
— O que? — indago confusa.
— Destrava a porra do carro, Alice!
Sem alternativa, pego as chaves na minha bolsa e aperto o controle e…
— Mas, que perda! — um rosnado esganiçado sai da minha garganta quando o automóvel explode bem diante dos meus olhos. Completamente amedrontada encaro as chamas altas e prendo a respiração.
— Definitivamente você não sabe se cuidar sozinha, garota. — Ele ralha impetuoso e volta a ligar o motor, saindo do estacionamento em seguida.
Enquanto o veículo corre pelo asfalto a minha cabeça pipoca em pensamentos. O acidente, o incêndio no apartamento e agora o meu carro. Uma série louca de acontecimentos que me faz arrepiar inteira.
— Quem me garante que você não colocou aquela bomba no meu carro? — sibilo baixo, ainda olhando para o lado de fora.
— Você não pode estar falando sério. — Téo retruca, trincando o maxilar.
— Quem me garante? — insisto o encarando.
— Alice, pense comigo. Qual o sentido de pôr uma bomba no teu carro e de tirá-la de lá?
Dou de om