Capítulo 113 — Acordo é acordo.
POV Killian Navarro
A porta bate.
Beatriz desaparece no corredor branco do hospital com o salto ecoando como se cada passo fosse um aviso do destino: acabou a paz.
Eu fico ali. Sentado na cama.
Com o soro pendurado, o monitor apitando irritado, e o corpo doendo como se eu tivesse sido atropelado por um caminhão, mas nada disso chega perto do estrago que eu sinto dentro do peito.
Amara está parada ao lado da cama. Pálida. Tremendo. Os olhos vermelhos de quem chorou, de quem segurou tudo sozinha por tempo demais.
E ela não olha pra mim. Isso me destrói mais do que qualquer colapso físico. Eu arrasto a voz para fora, rompendo o silêncio cortante:
— Amara… como ela descobriu?
Ela fecha os olhos por um segundo, como se isso doesse até de lembrar.
Quando abre de novo, as pupilas brilham. Não de medo. De exaustão.
— Dominic contou. — diz, baixo. — Sem querer. Mas contou.
Meu estômago aperta. Forte.
— Como assim, “sem querer”? — minha voz sai baixa, mas afiada.
Ela engole seco, respirando ráp