Olhando para o homem de meia-idade corcunda e manco, destituído de qualquer dignidade, Danilo e outro ficaram tão apavorados que suas cabeças pareciam prestes a explodir. A figura diante deles era a autoridade suprema do País A; mesmo o filho do imperador teria de lhe mostrar um imenso respeito. Não era exagero dizer que, se ele quisesse, poderia matá-los ali mesmo.
Ao ver o homem corcunda, o rosto de Ademir escureceu imediatamente. Nos seus olhos, chamas de raiva ardiam.
- Isso vai ser interessante. - Roberto disse, esboçando um sorriso torto. Ele imediatamente se afastou, ostentando uma expressão de prazer malicioso.
Sob os olhares de todos, o homem entrou mancando pela porta. Não exibia dignidade nem poder; tudo o que havia nele era mundano. No entanto, à medida que avançava, a multidão inexplicavelmente se dispersava. Finalmente, ele parou diante de Ademir.
- Quanto tempo, garoto. Você cresceu bastante. - Frederico disse, olhando para Ademir, que era meia cabeça mais alto do que el