O vento frio assobiava nos ouvidos, e Admir ainda não soltava o braço de Francisca. Olhando-a nos olhos, perguntou novamente:
— É verdade, Francisca?
Ele passara todo o tempo no hospital estrangeiro pensando em voltar para encontrá-la, e agora ela estava apaixonada por outra pessoa? E essa pessoa era ninguém menos que seu próprio irmão gêmeo!
Francisca não sabia o que dizer e negou veementemente:
— Não.
Ela havia se casado com Antônio por engano, confundindo-o com outra pessoa. E agora, recomeçava com ele por causa dos filhos.
Ao ouvir a negação de Francisca, Admir não relaxou nem um pouco:
— E quanto a mim?
Na escuridão, seus lábios tinham um vermelho não natural.
Francisca balançou a cabeça:
— Nós já acabamos, solte-me, a culpa é minha.
— Não quero ouvir desculpas.
Admir levantou a outra mão, prestes a tocar o rosto de Francisca, quando um som de palmas soou, interrompendo:
— Sr. Admir, o que está acontecendo aqui?
Marcelo, vestindo um sobretudo preto, olhava fixamente para Admir, c