Esse tipo de emoção - o desejo de possuir algo - que Eduardo sentiu, havia aparecido muitos anos atrás, quando ele viu um pequeno cão branco, sujo e lamentável, na rua. Ele se sentiu como aquele pequeno cão sem-teto.
Sua mãe só tinha olhos para a irmã perdida, e seu pai, apenas para a mãe doente.
Somente Leo, ocasionalmente, voltava para cuidar dele, como alguém que alimenta um cão de rua.
Então, ele levou aquele cachorro para casa.
Mas, como sua mãe era alérgica a pelo de cão, no dia seguinte após levar o aninal para casa, seu pai o jogou fora sem piedade.
Ele tinha acabado de preparar um cantinho, comida e água. Porém, no dia seguinte, após limpar o cão, seu pai o jogou impiedosamente na neve, fora da mansão.
Ele ainda se lembra de como chorou e implorou ao pai para não jogar o pequeno cão fora, prometendo que poderia cuidar dele perto de seu quarto, garantindo que não deixaria ele ver a mãe.
Afinal, a Mansão da família Orsi era tão grande. Que mal faria ter mais um animal de estimaç