- Irmão, a Mari está doente?
- Sim, ela está com febre, precisa tomar remédio.
- Nesse caso, vou deixar o pedaço de bolo com mais morangos para a Mari.
Mariane ouviu essa conversa enquanto ainda estava meio sonolenta e imediatamente reconheceu as vozes de Túlio e Raquel. Um leve sorriso se formou em seus lábios.
Ela estava doente?
Com febre?
Parecia que sim, todo o seu corpo estava quente e desconfortável.
Ao abrir os olhos, a luz à sua frente era amarelada e suave, e tudo parecia preto e branco.
Que estilo mórbido.
Seria o quarto do Vinicius?
Ela se mexeu um pouco e, de repente, sentiu uma dor intensa no braço, seguida de tontura e fraqueza nas mãos e nos pés.
Ela caiu pesadamente na cama.
Respirando suavemente, fragmentos de memórias começaram a surgir em sua mente.
Água, arrepio, beijo, calor.
E aqueles olhos gélidos e imersos, ela o encarou e capturou seus lábios, repetindo constantemente suas palavras suplicantes: “Por favor, não vá embora.”
Ela ficou atordoada na cama, recordando