Há coisas nesse mundo que estão a acontecer e ninguém percebe, mas também de acordo com os alunos da Papermint melhor que nem fiquem sabendo mesmo. Nesta escola tudo pode acontecer. O que garotos maliciosos e brincalhões podem fazer em um colégio interno onde os adultos são tão alienados que mal executam seu próprio trabalho? Romances, intrigas, ciúmes, triângulo amoroso e incesto, muito incesto. Uma história trágica, fruto de um romance proibido e seguida de muitos outros. Tudo na vida é como uma tempestade surge no momento em que ninguém espera. Mas sempre passa, mesmo que demore passa. E após a chuva, surge um lindo sol e seus mais belos caminhos. O amanhã sempre é um novo dia, e tudo pode acontecer. Essa história promete, portanto caros leitores vamos seguir em frente que o caminho é longo.
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Localizada na Alemanha, especificamente em Lindetal, um grande campo revolto por uma floresta repleta de grandes árvores, onde a cidade mais próxima é Neubrandenburg, Papermint High School é um colégio interno masculino com uma ótima reputação, há décadas foi o melhor em preparar os alunos para uma boa faculdade. Por sua fama de melhor colégio, a Papermint recebe alunos de todos os países com frequência.
Logo o ano se iniciaria, contudo os alunos já estavam a caminho da escola, todos os anos era pedido para que os estudantes fossem para o colégio uma semana antes do início das aulas para obter total conhecimento do local e suas regras. As principais eram:
1- A cada quatro alunos um quarto em um corredor correspondente à sua série.
2- O uso do uniforme é obrigatório, e só podem ser dispensados nos dias que não houvesse aulas.
3- Após as 21h59min todos os alunos deveriam estar em seus quartos sendo assim proibida a permanência de alunos nos corredores.
A escola possuía três grandes prédios de seis andares, ligados uns aos outros por escadas cobertas e as paredes eram pintadas no tradicional estilo alemão. Nos fundos havia uma grande piscina para as aulas de natação e duas grandes quadras cobertas que se ligavam formando o grande ginásio. Mais a frente havia também um campo aberto para diversas modalidades, coberto por grama. Na área interna os prédios foram divididos da seguinte maneira: os três primeiros andares foram divididos entre salas de aula e laboratórios. Cada andar era denominado ala e cada ala era correspondente à série sendo assim primeiro andar primeiro ano, segundo andar segundo ano e assim sucessivamente. Cada andar tinha dois banheiros, um ao lado Leste e outro ao lado Oeste. Os outros três pavimentos restantes de cada prédio foram divididos em quartos separados de acordo com as séries. As aulas eram das 08h00min às 15h00min e à tarde poderiam escolher entre Educação Física e Artes. Independente das modalidades.
Nossa história começa no Leste de Moscou, era onde morava Gregory Kravczyk, um jovem rapaz de 15 anos.
Filho único de uma família tradicional da Rússia, seus pais o tiveram muito cedo e desde seu nascimento nunca demonstraram paciência ao pequeno, nem lhe davam a atenção necessária. Simplificando nunca se importaram com ele. Gregory estudava em um colégio próximo a sua casa e lá todos o criticavam por sua aparência, que inclusive seus pais também criticavam muito. Ele tinha cabelos tingidos de preto, usava lápis seguido de sombra para destacar os olhos e esmalte nas unhas. Suas roupas eram justas e ele não se importava com as críticas, seu maior lema era ‘’nunca mudar a aparência pelo que os outros acham correto’’. Seu pai era alcoólatra e sua mãe nunca agiu como uma mãe. Gregory nunca fora amado como toda criança deve ser.
Poderíamos catalogar sua vida como ''um verdadeiro inferno'' e desde seus sete anos pensava em suicídio, ele acreditava que seria o melhor para todos. Mas algo o impedia de tamanho ato, um garoto, que morava na rua ao lado e estudava na mesma classe de Gregory há dois anos, seu nome, Ivan Malkovich, ele tinha cabelos quase na altura dos ombros, ondulados e castanhos, olhos cor de mel e tinha alguns centímetros a mais que Gregory. Ivan ingressou na escola no meio do ano quando eles tinham oito anos e Gregory fora a primeira e única pessoa com quem ele havia falado ao chegar à nova escola. Desde a primeira vez que se viram sentiram que algo muito forte os ligava e desde então nunca se separaram, eles se deram bem de primeira e apenas um podia entender o outro, se não fosse pela mãe atenciosa que Ivan tinha poderia se dizer que eles tinham uma vida idêntica. Atualmente eles estavam com quinze anos e cursavam o fim do colegial.
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A noite finalmente havia chegado e eu não sentia o menor sono, também após mais um show do meu pai bêbado tudo o que eu sentia era medo, mesmo tendo me acostumado com todos os gritos e surras ele ainda me assusta.
A minha vida inteira tive pesadelos com ele, nos sonhos ele sempre me perseguia por um caminho escuro e deserto onde meus gritos não eram altos o suficiente e o sonho sempre acabava da mesma forma: meu pai me encurralando em um beco sem saída com uma faca em mãos tentando arrancar meus olhos e minha mãe atrás dele com uma agulha e linha em mãos pronta para costurar minha boca, esse sonho se repetiu inúmeras vezes, e em todas elas eu despertava aos gritos no meio da noite, mas mesmo assustado voltava a dormir, exceto nas primeiras noites em que isso ocorreu que foi quando eu tive mais dificuldade, me lembro que fiquei semanas sem conseguir dormir até que fui vencido pelo cansaço.
Já era tarde e para evitar reclamações tive que dormir então me levantei e guardei meu caderninho de anotações, caminhei até minha cama lentamente como quem reza para que o mundo acabe antes que o dia amanheça.
Após ter me deitado tentei dormir, mas foi em vão. Realmente eu não tinha o menor sono, arrumei meu travesseiro e observando o teto me perdi em pensamentos, coisa que não era difícil para alguém como eu. As horas se passaram rápido e quando reparei o relógio já marcava 02h05min eu havia me deitado ali às 22h45min me preocupei em dormir, mas ao invés disso me perdi em pensamentos novamente.
…
Acho que taquei pedra na cruz p**a que pariu viu. Como é possível tudo de ruim acontecer com um único garoto? É eu também não sei. Todos os problemas começaram quando eu nasci sempre fui considerado um fardo para meus pais, eles me tiveram muito cedo e nunca gostaram de crianças por tanto desde que comecei a andar que me viro sozinho, deles só ganho reclamações.
Sou o melhor aluno da escola e do conservatório de música e nunca fui suspenso, mas por acaso do destino nenhum deles nunca se importaram comigo. Muitas vezes fui saco de pancadas na escola por causa de minha aparência, e em casa por causa do vício do meu pai e também pela homofobia do mesmo, ele nunca aceitara o fato de que eu uso maquiagem e esmalte nas unhas, mas em vez de sentar e conversar como uma pessoa civilizada, ele simplesmente enche a cara depois do trabalho com o pai de um garoto lá da sala e chega em casa me espancando, suas surras sempre me deixaram hematomas alguns ficaram roxos por três dias, outros sangraram. Foram tantos ferimentos que com o passar dos anos, aprendi a conviver com a dor, que agora não me incômoda mais, após tantos problemas não demorou para que eu começasse a fumar e beber na tentativa frustrada de me ausentar um pouco do que sou obrigado a aturar.
Atualmente estou com quinze anos e sou filho único, como vocês já perceberam meus pais não me aturam e qualquer acontecimento nesse planeta é motivo para eles descontarem na criatura aqui, sinceramente eu devo ter nascido para sofrer, se não bastasse tudo isso ainda tenho pesadelos constantes e idênticos.
Sinceramente se não fosse todo o apoio e a companhia de Ivan tenho certeza que não suportaria mais nem um minuto nesse inferno de vida, mas o que eu sinto pelo Ivan vai muito além de amizade, é estranho, mas é bom, muito bom.
— Está tudo bem meu amor? — Perguntou-me ele sem se mover.— Está sim meu anjo e vai ficar ainda melhor. Minha mãe faleceu hoje cedo. — Selei um beijo nas suas costas acariciando o local com a ponta do nariz.— Meine Gott liebe! Você está mesmo bem? — Ele tentou se virar, mas não permiti.— Sim Les, você me faz bem. — Sorri ao falar e ele se acalmou.Senti quando ele se apoiou só em um braço e com o outro, segurou a minha mão acariciando-a sem pressa.A aula chegou ao fim e quando o sinal soou, assustei-me. Levantei o meu corpo levando o de Lester junto e antes de ficarmos de pé, o abracei apertado, senti-o relaxar por completo e ficar totalmente entregue aos meus carinhos.Levantei-me ainda abraçado a ele, soltei-o lentamente, pegamos nossas coisas e saímos da sala de mãos dadas.Guardamos no
— Gabe, onde diabos você estava guy?! — Me aproximei dele no momento em que o vi abrir a porta do quarto e o puxei quarto afora.— Pra onde está me levando No?— Terraço, precisamos passar um tempo longe de toda essa movimentação.— Mas ainda tenho que entregar umas coisas pro Christophus e...— E nada, depois você entrega. — Sorri ao falar e o senti me abraçar após se dar por vencido.Seguimos para o terraço, o clima estava agradável e o sol já estava a se por. Havia uma parede no centro do terraço, fazia parte de uma espécie de sala de tralhas, Gabe se sentou a encostar-se nela e me sentei na sua frente, entre suas pernas com as costas a apoiar me em seu peito. O senti me abraçar e naquele momento, o mundo podia acabar que
Levantei-me de imediato e me aproximei da pessoa que eu acabara de derrubar, ao me aproximar, notei se tratar de alguém extremamente delicado e involuntariamente, me veio à mente se eu havia quebrado aquela coisa. Seus cabelos eram levemente ondulados e lhe cobriam a face, aproximei-me e lhe estendi a mão.— Me desculpe! Pelos Deuses você está bem? — Senti que segurara a minha mão e ajudei para que se levantasse. Com o impacto, os seus cabelos se moveram e pude notar que se tratava de um jovem rapaz com olhos de um azul exuberante.— Si... Sim, não foi nada. — Sua voz suave e aveludada me fez perder o ar por alguns segundos.— Tem certeza? Eu... Eu realmente não tive a intenção. Me desculpe! — Eu estava atropelando as minhas próprias palavras, ele me deixava nervoso e com uma sensaç&ati
E quem foi que disse que após a tempestade à sempre a bonança?Voltei para casa no final da tarde, minha mãe reclamou a minha repentina ausência, mas após alguns minutos ela me deixou em paz. Então, segui para o meu quarto e me tranquei lá pelo resto da tarde e noite. Na manhã seguinte, acordei a ouvir vozes e isso me irritou.Levantei-me e segui para o banheiro, após perceber que dormir não seria mais possível. Tomei um banho e segui com a minha higiene matinal, porém, sem a menor pressa. Ao sair do banheiro, mantive uma toalha presa a minha cintura e segui para o guarda-roupa, mas mal comecei a procurar e uma voz ecoou pelo quarto a me assustar.— Caralho dude, como você está gostoso! — Meu coração pareceu parar por alguns instantes, Nicholas estava esparramado na minha cama e seu olhar passeava pelo meu corpo.— Como en
— Está me dizendo que você me usou para espancar um garoto só para que o seu segredinho sujo do qual eu desconhecia não viesse à tona?! Você é muito mais canalha do que eu imaginava!— Acalme-se Joe não foi bem isso...— Como não foi isso Christopher?! Você havia dito que o garoto não tinha pagado que era um devedor e na verdade ele só estava no lugar errado e na hora errada!— Joe me desculpe, por favor?— Pra que? Para você mentir mais? Não Christophus, eu não vou ouvi-lo! Quem mais sabia? Quem estava ajudando vocês?— Gabe...— Contou para um estranho e deixou o seu irmão fora disso?— Joseph! Para agora com esses ciúmes besta! Eu não te contei para te poupar, eu não queria que você se assustasse e o Gabe nos descobriu, nunca contamos nada para e
— Eu nunca senti tanto medo na minha vida como no dia em que a Papermint decretou férias de última hora.— Mas por que Lu?— Porque eu tinha certeza que o Les não ficaria bem sem você. Nunca vi aqueles olhos azuis tão tristes como naquele dia. Ele permaneceu calado desde que se separou de você, tudo o que ele dizia não passava do necessário.Sem perguntas ou comentários, ele simplesmente não sorria mais e aquilo me matou um pouco. Entramos em casa e a situação ficou ainda pior, ele foi direto para o quarto, tomou um banho e se deitou, alegou estar cansado e só. Os dias foram se passando e ele não saia de lá, todos os dias Andy e eu íamos ver como ele estava e sempre o encontrávamos a dormir, passei a ficar atento a ele e quando o via acordado corria, chamava o Andy e junto com ele fazíamos o Les comer algo, mas era muito m
Último capítulo