Leopoldo sentiu o pálpebra tremer, mas, mesmo assim, arriscou perguntar com cuidado:
— Vamos levar a Sra. Lúcia para casa? Ou para o crematório?
Assim que terminou a frase, sentiu o olhar afiado de Sílvio pousar sobre ele como uma lâmina fria.
Leopoldo imediatamente fechou a boca, engolindo seco. Sabia que tinha falado mais do que devia.
— Leve a Lúcia de volta para a UTI! Continuem tentando reanimá-la! — Ordenou Sílvio.
— Mas... — Leopoldo ficou atônito. Como assim continuar tentando? Ela já estava sem sinais vitais!
Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, Sílvio cortou sua dúvida com firmeza:
— Vou ligar para o Daulo. Ele pode tentar.
Sem questionar mais, Leopoldo rapidamente organizou os funcionários para levar Lúcia de volta. O corpo foi retirado da gelada sala do necrotério e colocado na maca, sendo transportado pelo elevador exclusivo para pacientes. Quando chegou à UTI, ela foi conectada novamente aos aparelhos. Monitores começaram a emitir seus sons regulares, mas o traçado