Sílvio parou por um momento, seu rosto tenso.
Em seus olhos, as emoções se agitaram, e um silêncio mortal tomou conta do ambiente.
Ele se virou e viu a mulher de olhos fechados, a testa franzida. Seus belos lábios murmuravam palavras ininteligíveis.
Antes do Alzheimer de Abelardo, ela costumava pedir com doçura: “Sílvio, não vá.”
Naquela época, ele ainda conseguia se enganar.
Mas agora o Grupo Baptista estava completamente sob seu controle.
Duas vidas ainda pairavam entre eles.
Desde o início, eles estavam destinados ao fracasso, um enigma sem solução.
Sílvio, com uma expressão complexa, cuidadosamente soltou os delicados dedos que se enroscavam em sua mão.
Ele se virou e saiu sem hesitar.
A porta da suíte fechou-se suavemente, Sílvio se afastou decidido, sem olhar para trás.
Lúcia franziu a testa, balançou a cabeça e, em meio ao choro, murmurou:
- Meu tempo está acabando... Estou no estágio final do câncer de fígado... Sílvio...
Seus olhos se abriram de repente.
O quarto estava compl