Do amanhecer ao anoitecer e novamente do anoitecer ao amanhecer.
Liliane deitada no chão, fraca, olhava para a fresta da porta, suas mãos inchadas tremiam sem parar. O quarto apertado e claustrofóbico, juntamente com o medo iminente da morte, continuava corroendo sua mente.
Se não fossem os três pequenos seres dentro dela, ela temia que teria se entregado ao desespero. Liliane fechou os olhos, a imagem de William se formou em sua mente.
Nos últimos dias, ela ponderou muito, considerando se a família Lima ou a família Gabaldo poderia estar por trás disso.
As redes de poder daquelas duas famílias eram intrincadas e sua força era inimaginável.
Ela, como uma formiga, não tinha meios de resistir.
Agora, ela estava sozinha e se os filhos nascessem?
As crianças eram inocentes, ela ainda não havia vingado sua mãe.
Liliane encolheu lentamente o corpo.
Se conseguisse sair viva, ela queria apostar por si mesma e pelos filhos.
Apostar que William ficaria com as crianças e protegeria elas