Miguel
Acordou cedo, hoje poderia dormir até tarde, mas no fim a rotina, faz eu acordar cedo igual. Tomou meu café, olho para o dia e ele está lindo, abro um sorriso, pensando que hoje será um dia maravilhoso, meu lado otimista da vida. Olhando para o dia, lembrei do dia em que descobri que seria pai. Estava eu na faculdade conversando com meus amigos, quando a garota que sai uma noite,diz preciso conversar com você. Olho para ela e digo não tenho nada para falar contigo. Ela solta na cara e na lata, estou grávida e você é o pai, então sim precisamos conversar, me olhando bem séria, meus amigos tudo riram da minha cara e fiquei com cara de tacho, não sabia o que dizer ou falar Bom dia, pai! Já tomou café - Minha filha me tira dos pensamentos e me faz voltar ao momento presente. Filha, infelizmente já, mas posso de fazer companhia. Claro, vou adorar conversar com você. Ótimo, mas vou acabar tomando um cafézinho junto. Claro, o que você está pensando, quando de chamei, agora há pouco? Lembrando do dia, em que descobri que seria pai. Foi bem engraçado. Mamãe já contou para mim. Tendo imaginar a cena…-já rindo da minha cara. O café da manhã acontece com tranquilidade e hoje organizamos a cozinha juntos. Pai -viro para olhar para minha filha e ver o que ela quer e ganho o que, água na cara, claro que deve volta, rimos juntos. Agora sério, o que vamos fazer hoje?- olho para minha filha e faço cara que não tenho ideia. Estou afim de comer porcaria no almoço. Topa? Tipo, o que pai? Xis. Sei que não faz bem a saúde, mas como é raro está proposta. É quase um milagre.( Rimos juntos) Agora vou continuar estudando para o artigo e depois vamos almoçar na Lancheira Vênus. E eu vou ler meu livro, me chama quando for a hora- faço sinal de positivo e ela segue para o seu quarto. Sento na varanda da sala para ler os artigos bases, junto com meu caderno de anotações. A manhã passa voando, a barriga já está pedindo comida, levando e chamo a Catarina para ir à lanchonete. Catarina, sai do seu quarto de calça jeans, uma blusa simples, uma maquiagem perfeita, porém nenhuma bolsa, está carregando o celular no bolso da calça. Saio para a Lanchonete Vênus, com uma calça jeans, uma blusa branca, tênis branco só para mudar. hoje não estou saindo para paquerar e sim curtir a minha filha. Vamos de carro, apesar de ser perto. Por isso não falei nada para minha filha que resolveu carregar o celular no bolso das calças. Durante o trajeto relembro o dia em que minha filha Catarina nasceu. Estávamos na aula de cirurgia cardíaca, a Valentina (mãe da minha filha)fazia a cadeira comigo, e neste dia ela sentou na minha frente. No meio da aula olho o chão , que estava seco e vejo uma poça de um líquido que parecia água, ela estava tão concentrada que nem percebeu o que tinha acontecido. Levantei pegando todo o meu material, meu professor olhou feio para mim. Só apontei o dedo para Valentina. O professor entendeu tudo. Valentina ficou meio perdida, mas assim que entendeu ficou apavorada, assim que percebeu que a bolsa havia estourado e sua filha iria nascer. Volto a realidade, pois afinal estou dirigindo.