Os dois estavam muito próximos, Eulália acabou pisando no pé de Raul com um dos seus.
O que era para ser uma expressão de raiva acabou se tornando uma situação embaraçosa.
- Entre no carro. - Disse Raul.
Eulália recolheu o pé, deixando uma leve marca nos brilhantes sapatos dele.
Ela deu dois passos para trás e olhou para o homem à sua frente com indiferença:
- Isaac e Alícia já foram embora, então não há mais necessidade de fingirmos, não é?
Coincidentemente, um táxi parou na beira da estrada e alguém saiu do carro. Ela rapidamente entrou.
Seus movimentos foram rápidos e ágeis, como um peixe.
- Não precisa se incomodar, Presidente Raul, não estamos indo na mesma direção. - Ela deu um sorriso falso para Raul e bateu a porta do carro, fazendo um barulho alto.
Raul observou impotente o táxi partir diante de seus olhos.
Ele olhou para a marca nos seus sapatos e depois para o carro que já estava distante, erguendo as sobrancelhas.
Sempre que via a aparência miserável, mas determinada, del