Isaac estava ofegante, seu corpo parecia fora de controle. Ele gritava pelo nome de Eulália, desesperado.Eulália estava enjoada, sentindo uma sensação de repulsa subindo pelo peito.- Saia, não me toque! - Ela tentou empurrá-lo com força, mas descobriu que não tinha força nas mãos.Seu corpo tremia e suas pernas estavam fracas.Ela estava completamente vulnerável. Pensando em gritar por socorro, Isaac, que a abraçava, foi repentinamente arrastado para longe por alguém. Um estrondo ecoou, quando Isaac foi derrubado por um soco.Eulália olhou para Raul, que apareceu de repente, com uma expressão chocada no rosto.Seu primeiro pensamento foi: o que ele estava fazendo aqui?Raul estava furioso, ele agarrou o pescoço de Eulália e, com as costas da mão, esfregou seus lábios.Ele tinha tanta força que seus lábios doíam.Então, com um olhar feroz, ele olhou para os lábios de Eulália e, como se ainda não estivesse satisfeito, a beijou com raiva.Eulália ficou atordoada com toda a sequência de
Raul ficou ali parado por pelo menos um minuto até que Eulália gradualmente se recuperasse.- O que foi, ficou tão enojada só porque eu te dei um beijo?Ele estava completamente enganado, mas Eulália não queria explicar. Tampouco queria saber por que ele estava ali.Seu estômago ainda estava muito mal, ela nem ousava se levantar, com medo de vomitar novamente.Raul estava tão furioso que queria socá-la. Nunca tinha visto uma mulher tão irritante. Mas teve que engolir a raiva e ir até o carro para pegar água.Eulália havia vomitado tanto que até o ácido do estômago tinha saído, sua boca estava desconfortável.O rosto de Raul parecia muito feio, como se lhe devesse 100 milhões.- Obrigada. - Ela pegou a água, enxaguou a boca rapidamente e bebeu mais alguns goles.Raul resmungou friamente: - Você é tão fria comigo, mas tão calorosa com seu ex-namorado.Eulália o interrompeu: -Sr. Raul, ainda precisa de alguma coisa? Se não, pode ir embora.Ela não queria brigar com ele, nem ouvir suas c
Se encontraram com um bando de motociclistas. Raul instintivamente gritou: - Não presta atenção por onde anda, mulher, você tem cérebro?Eulália já estava acostumada com seu mau humor e sua boca suja, então ignorou isso.- Você está ferido, é grave?- Não vou morrer. - Raul realmente estava irritado. Se a faca tivesse atingido essa mulher, não teria doído pra valer? Com certeza ela teria chorado ainda mais.Ele ainda queria xingar, mas ao ver a preocupação em seu rosto e as palavras presas na ponta da língua, engoliu o que ia dizer.Maldição, quando essa mulher já se importou com ele? De qualquer forma, valeu a pena.- Vamos para o hospital. - Eulália disse, procurando as chaves do carro na bolsa. O carro estava no estacionamento, perto de casa, então ela costumava ir a pé para o trabalho.Raul não queria ir para o hospital de jeito nenhum. - Só levei um corte de faca, pra que hospital?Ele ainda estava de mau humor, sem perceber. Ele nunca foi uma pessoa de bom humor, sempre agia co
Ao entrar na casa, Raul sentiu um leve perfume no ar. Era o aroma no hall de entrada. Eulália era uma mulher com um certo charme. Ela era capaz, independente, bonita sem se dar conta e tinha uma personalidade marcante. Ela não tinha ideia do quão atraente era. Tampouco sabia que qualquer homem que já tivesse se interessado por ela não seria capaz de esquecer ela facilmente.- Entre, não precisa tirar os sapatos. - Disse Eulália.Presidente Raul não trocou de sapatos e foi se sentar no sofá da sala de estar.Eulália pegou o kit de primeiros socorros e uma toalha limpa.- Você... Pode tirar a roupa primeiro.Eulália colocou as ferramentas necessárias ao alcance, sem olhar para ele.Enquanto desabotoava a camisa, Raul olhava em volta. - Você mora sozinha aqui?Eulália não entendeu o que ele queria dizer. Se ela não morava sozinha, então havia alguém mais?Raul continuou: - O que eu quis dizer é se seus pais não moram com você?Eulália respondeu: - Minha mãe não está bem para mudar de
Depois de arrumar o kit de primeiros socorros, Raul, que estava sem camisa no sofá, não demonstrava intenção de sair. Ele estava lá, exibindo seus abdominais perfeitos sem hesitação. A sua roupa estava toda manchada de sangue e rasgada, então Eulália lhe entregou uma garrafa de água. - Vou procurar uma roupa para você. - Disse ela.Raul franziu o cenho. - Por que você tem roupas de homem aqui?Eulália não respondeu e foi para o quarto. Raul não conseguiu ficar parado e a seguiu.Ele viu Eulália abrir o guarda-roupa e pegar uma camisa preta. Era grande, claramente não era para mulheres. Raul sentiu sua cabeça girar ao ver não apenas uma, mas várias camisas grandes dentro do guarda-roupa, brancas, roxas e até uma rosa.Eulália, essa mulher sem coração, aparentemente gostava de homens que usavam camisas cor-de-rosa. Raul desdenhou completamente do gosto dela. Que lixo de preferência!Quando Eulália se virou, viu que ele a seguia e entregou a camisa para ele. - Essa deve servir. É melh
Saindo do escritório de advocacia, as pernas de Eulália Azevedo tremiam.- Srta. Eulália, me desculpe, mas não podemos fazer nada em relação ao seu noivo. Esse assunto envolve a família Vieira, ninguém na Cidade J ousaria lidar com esse caso... - disse o advogado.Todo o dinheiro recebido como comissão anteriormente foi devolvido, a expressão temerosa da outra parte fez com que o coração de Eulália afundasse.Ela e seu noivo, Isaac Santana, estiveram juntos desde a universidade, ela o acompanhou em todas as suas lutas empresariais. A empresa finalmente havia alcançado certa escala e o casamento deles estava próximo.Agora a empresa foi denunciada por problemas nas finanças e Isaac foi levado pelo Ministério Público para interrogatório, enquanto a empresa foi fechada.A felicidade que tinham em mãos simplesmente desapareceu e os responsáveis eram ninguém menos que a família Vieira.A família Vieira, o primeiro clã poderoso da Cidade J, cujo simples movimento fazia toda a cidade tremer
Todos aguardavam para ver a reação de Raul. - Seu noivo? - Raul pareceu pensar por um momento e não se lembrou. - Quem?Os olhos da outra pessoa se fixaram no rosto de Eulália, deixando-a com arrepios:- Isaac.Raul se lembrou: - Ah, ele...Ele desfez a perna cruzada e mesmo olhando para cima, sua postura opressora, típica dos superiores, fez os joelhos de Eulália fraquejarem.- Por que eu deveria deixá-lo em paz? - A expressão do homem era fria, claramente não seria convencido por algumas palavras dela.Eulália reuniu coragem e encontrou o olhar de Raul:- Contanto que você deixe meu noivo em paz, eu farei qualquer coisa.Alguém riu debochadamente:- Você pensa que está em uma novela? Fazer qualquer coisa? O que você pode fazer pelo Presidente Raul?- Desapareça daqui, não estrague o humor do Presidente Raul. Você não sabe que ele detesta mulheres insistentes?Nesse momento, Raul decidiu falar:- Eu não quero mais beber.Seu olhar sem emoção caiu sobre o rosto dela:- Beba todas ess
Ao acordar, Eulália sentiu como se seu corpo tivesse sido desmontado e remontado novamente. Ela massageou as têmporas doloridas e, de repente, seu olhar se fixou em um peito nu. Ao continuar subindo, Eulália foi atingida como um raio. Raul!Seu corpo flácido deixava claro que ela e Raul tinham feito sexo. Como isso poderia ter acontecido? Raul captou sua expressão de choque e incredulidade, puxando bruscamente os lençóis para sair da cama.Com ombros largos, cintura estreita e um corpo atlético e atraente, o destaque eram as marcas avermelhadas nas costas. Eulália ficou chocada e sem palavras.Enquanto ela o observava pegar uma toalha e amarrá-la em torno da cintura, ele puxou as cortinas com um movimento rápido, inundando o quarto de luz e revelando a situação desarrumada de Eulália.- Por quê? - Ela quase desmoronou. - Seu desgraçado!Eles haviam combinado apenas para beber! Apenas para beber!Ele sorriu com um claro ar de zombaria: - Isaac provavelmente já está em casa agora.