Handall
A vidraça do meu escritório se parte e estilhaça, os cacos voando para todos os lados, atingidos pelo raio de energia escura que explode das minhas mãos como reflexo da minha fúria.
O silêncio que se segue é opressor. Nenhum dos soldados presentes ousa respirar alto demais. Nenhum dos conselheiros se mexem. Maximus mantém a cabeça baixa e sua esposa nem havia comparecido. Eles sabem que, diante de um monstro em fúria, o menor deslize pode ser fatal.
— Ele sumiu! — rujo, os olhos ardendo em um tom carmesim de puro ódio e dourado do meu poder. — Sumiu! Vocês deixaram o garoto escapar!
Max se ajoelhou aos meus pés, olhando para o chão, tentando manter a voz firme, apesar do medo que o consome.
— Procuramos por todos os cantos, senhor... Mas parece que ele recebeu ajuda. Vasculhamos o apartamento e nem sinal deles. Nenhum vizinho o viu saindo de casa, ninguém viu nada de útil.
— Vocês acham que eu não sei disso? — giro o corpo com violência. A longa capa escura girando junto, com