41. Amiga leal
Riuk
Ficar parado na sala enquanto Rubi está no quarto é um exercício de autocontrole que eu não deveria ser obrigado a fazer.
Meu lobo fica inquieto, impaciente, rondando dentro de mim como se o apartamento não fosse grande o bastante.
Estou observando a decoração mínima, os detalhes que são a cara dela e de sua amiga, simples, aconchegantes, suaves, quando escuto passos.
Me viro para ver Laura voltando.
Ela aparece com a expressão de quem está se preparando para uma conversa séria. Cruzo os braços, esperando. Ela não demonstra medo. Nem desconforto. Pelo contrário, olha na minha direção como se estivesse avaliando um réu.
Ela se senta no sofá, cruza as pernas e anuncia:
“Seguinte, Riuk. Já que agora estamos em outro patamar aqui… aqui você não é mais meu chefe. Você é o cara que quer pegar a minha amiga.”
Pisco.
Um riso ameaça escapar.
Corajosa.
Gosto disso.
“É mesmo?” pergunto, só para provocá-la, mas, no fundo aprovando totalmente o que ela está fazendo. Rubi precisa de alguém que