Mikhail Kasparov estava eternamente de guarda à cabeceira da sua mulher.
Era difícil reconhecer o jovem chefe da Máfia por detrás dos seus olhos cinzentos e baços, expectantes, impacientes... à espera de um sinal que lhe devolvesse a esperança.
Falava-lhe com um amor quase doloroso, sussurrando, esperando que no seu mundo de sonho ela não o esquecesse.
Embora não fosse o único a esperar que Agnes acordasse, parecia ser ele quem mais sofria, mais ainda do que a irmã.
O homem culpava-se a si próprio. Claro que se culpava por tudo o que tinha acontecido, e sabia que a pequena Sara também se culpava.
Agnes tinha sido apanhada no meio de um ajuste que Kasparov devia ter evitado, numa vingança pessoal e quase apaixonada.
Loren traíra-os, Malik, como agente do Urso Negro, envolvera-se e Mikhail... chegara simplesmente demasiado tarde.
Talvez demasiado tarde.
Acariciou silenciosamente a pequena mão da mulher, olhando com saudade para o anel no seu dedo.
Estava tão orgulhoso dela que, ágil e f