Mikhail estava satisfeito com o rumo que as coisas tinham tomado. Não precisava de sacar das armas demasiado cedo.
Continuaria a ser o afilhado preferido de Yuri durante o tempo que fosse necessário, o que deixava toda a relativa calma para crescer em passos lentos e calculados, e tinha deixado claro a todos aqueles abutres esfomeados com olhos curiosos que Agnes era a sua mulher, formalmente, e a todo o mundo clandestino.
Além disso, ele sabia muito bem que os rumores sobre o que tinha acontecido a Benito Murano por ter tocado na coisa errada circulavam no submundo, e tinham também chegado à grande festa de Yuri, e isso fê-lo sentir o prazer primitivo de ter marcado território perante chefes e subordinados.
Agnes era dele, inquestionavelmente.
Esse prazer primitivo logo se traduziu em desejo, sob as luzes do grande salão, com a música suave tocando no ar, o aroma estimulante do triunfo sobre seus inimigos e aliados invejosos.
E o perfume inconfundível daquela mulher que o olhava com