“Eva”
Aquele homem era louco! Completamente transtornado! Dizia que deveríamos fazer de conta que nunca havíamos nos visto antes, mas me beijava sem se preocupar que alguém poderia entrar naquela sala e nos flagrar. Mas também, se entrasse, qual seria o problema? O que tinha demais um beijo?
Ah, na verdade os beijos dele eram totalmente demais! E ele não podia simplesmente esquecer, ele precisava me lembrar o quanto os beijos dele eram bons e que eu era incapaz de lutar contra aquele beijo. Na verdade, eu nem queria lutar contra, eu só queria sentir os seus lábios nos meus mais uma vez.
E enquanto ele se aproximou e o seu perfume invadiu o meu olfato, cítrico, picante e amadeirado, com um leve rastro de baunilha, intenso e marcante, eu já tinha me esquecido do nosso acordo de que aquilo não aconteceria nunca mais e nós nos comportaríamos como se nunca tivesse acontecido. E ele também tinha se esquecido, porque ele simplesmente me beijou como se fosse me deixar nua.
A medida que aque