A luz que enchia o espaço ao redor de Daniel e Clara os envolveu como uma segunda pele, cada partícula de brilho transmitindo uma sensação de paz e completude. Pela primeira vez desde que haviam começado sua jornada, eles experimentaram uma calmaria profunda, como se as dores e dificuldades do passado tivessem sido lavadas pela luz purificadora que agora preenchia o vazio deixado pelo Veil.
Eles estavam flutuando em um mundo sem fronteiras, onde o tempo parecia uma memória distante. Havia ali uma sensação de harmonia universal, uma sinfonia silenciosa composta por fragmentos de todas as realidades. Cada instante parecia eterno, e a própria eternidade os acolhia.
— Daniel... — Clara sussurrou, sua voz ecoando como uma brisa suave no vasto espaço. — Esse é o começo... ou o fim?
Daniel apertou a mão dela, sentindo a pulsação da vida que tinham escolhido proteger e nutrir.
— Acho que é ambos — ele respondeu, contemplando a vastidão ao redor. — O fim de um ciclo... e o início de algo muito