Não perdi um minuto, peguei as chaves já pulando da cadeira.
— Onde você vai? — ouvi alguém gritar atrás de mim e o pensamento que se formou em minha mente foi:
— Maria precisa de mim!
Não ousei pronunciar aquilo em voz alta, mas deixei que as palavras assentassem em meu cérebro e talvez até se aconchegassem, enquanto eu visualizava seu rosto machucado como no outro dia e mesmo assim a boca esperta pronta pra me fazer rir e os olhos brilhantes em minha direção.
Voei nas ruas e quando cheguei na rua avistei de longe a viatura e o tumultuo na porta do Cantina da Nena. Estacionei de mau jeito em frente ao bar e corri abrindo caminho entre as pessoas.
Meus olhos já estavam sobre ela antes mesmo que eu a alcançasse, esquadrinhando procurando por machucados, quando a alcancei a envolvi em meu braço direito e beijei seus cabelos.
Foi como se aquele movimento fosse a coisa mais comum para nós, e não como se fossemos duas pessoas que compartilharam alguns momentos, bem intensos, mas poucos. Me