Elas ficam ali comigo mais um pouco e depois de mais um abraço coletivo elas se despedem e seguem para os seus lugares.
— Filha? Posso entrar? — a voz do meu pai ressoa.
— Pode sim, pai! — Digo sem tirar os olhos do reflexo.
Ele entra devagar.
— Você está belíssima! — ele diz e percebo sua voz um pouco embargada.
— Ah papai, sério? — Digo sorrindo, ignorando minhas próprias emoções. — O senhor está garboso! Deixe-me vê-lo de terno!
Ele se aproxima de mim, e vejo ele se segurando para não chorar.
— Perfeito... — Acaricio o rosto do mais velho carinhosamente. — Não me deixe cair, bonitão...
— Jamais minha querida! — ele dá um beijo na minha testa.
— Estou pronta. — engato meu braço no dele sorrindo. — Vamos lá me casar, pai.
— Quando foi que você cresceu? — ele toca no meu rosto. — Parece que foi ontem que você era um bebezinho saindo da maternidade... Com dois quilos e novecentos gramas, medindo 46 centímetros...
— As vezes me pergunto isso também, pai... — encosto a cabeça