Amor Redescoberto: José em Busca da Felicidade
Amor Redescoberto: José em Busca da Felicidade
Por: Bruno Almeida
Capítulo 1
- Isabel, não pense que vou te amar! - O homem segurou o pescoço dela, a pressionando contra o sofá, seu rosto cheio de repulsa, insultou. - Minha paciência com você chegou ao limite, é melhor você se comportar, daqui a seis meses estaremos divorciados!

- Eu realmente não empurrei a Carolina... Foi ela mesma que caiu na piscina!

A voz de Isabel estava fraca, ela estava toda molhada, seu corpo fraco tremia incessantemente, ainda não conseguira se libertar do medo de ter caído na água momentos antes.

- Pare de argumentar, você e a Carol são amigas há muitos anos, você sabe melhor do que ninguém que ela tem medo de água!

A ação do homem se tornou mais agressiva, com uma expressão feroz como se estivesse dizendo "Se algo acontecer com a Carolina, você pagará por isso".

Uma simples menção à sua amizade de muitos anos a condenou.

Isabel olhava com neblina nos olhos, uma lágrima escorreu lentamente de seu canto dos olhos, o som do seu coração partido era especialmente claro.

Era difícil imaginar que o homem diante dela, que a denunciava por outra mulher, fosse seu marido!

Ela amava José há quatro anos, casada com ele há três.

Três anos atrás, ela ficou tão feliz ao descobrir que poderia se casar com José.

Mas após o casamento, ela percebeu que era apenas uma ferramenta para manter Carolina, o verdadeiro amor de José, por perto, já que sua mãe, Lívia Freitas, nunca aceitaria a presença de Carolina.

Quando Carolina caiu na piscina, todos correram para a ajudar, preocupados com ela.

Mas Isabel também caiu na piscina, ninguém se importou, quase morreu naquela piscina gelada.

Ele lembrava que Carolina tinha medo de água, mas não lembrava que... Ela também tinha medo de água.

Ao pensar que seu casamento, que ela tanto trabalhou para construir, era apenas uma fachada, Isabel não conseguiu evitar de rir.

José a viu sentada no sofá, rindo friamente, seus olhos se tornando ainda mais frios e desdenhosos.

- Louca!

Sim, ela era louca.

Para se casar com José, ela desafiou repetidamente seu pai, casou muitas confusões para a família Castro, e até mesmo rompeu relações com a família Castro, fazendo com que seu pai ficasse doente e acabasse no hospital.

Seu pai disse a ela:

- Casar com um homem que não te ama só vai te trazer dor, você não vai conseguir ser feliz assim.

Mas ela ingenuamente pensava que o fato de José querer se casar com ela era a maior aprovação que poderia ter, e que seu amor eventualmente derreteria o coração de José.

Ele prometia ao pai que neste casamento, ela tinha certeza de que não ia perder.

Ela estava errada...

Para quem não amava, o coração era como uma rocha, até mesmo a sua respiração era errada.

Ela não era quem decidia se ganhava ou perdia, era José quem decidia.

O celular de José tocou de repente, ao ver o nome na tela, sua expressão raivosa se dissipou.

Na sala silenciosa, Isabel ouviu vagamente a voz melosa de uma mulher do outro lado da linha.

Ele baixou os olhos, pegou o paletó que estava ao lado, sem mais rancor, apenas ternura, murmurou:

- Querida, não tenha medo, estou indo agora.

Isabel prendeu a respiração.

Ele encerrou a ligação, lançou um olhar feroz para Isabel e saiu sem olhar para trás.

- José... - A voz de Isabel estava rouca, tentando o fazer ficar por um momento, ela continuou. - Eu também tenho medo da água.

José não parou, apenas achou isso ridículo.

Carolina tinha medo de água por causa do incidente em que ele foi sequestrado e Carolina se jogou no mar para o salvar, deixando um pequeno trauma.

Isabel até tinha uma certificação de mergulho, como ela teria medo de água?

Isabel pensava que agindo assim, ele a amaria?

Que ingenuidade!

Isabel o viu abrir a porta, lágrimas escorrendo dos seus olhos, ao pensar que durante todos esses anos, ela nunca foi escolhida firmemente por José, seu coração doía terrivelmente.

Ela usou toda a sua força, com os olhos vermelhos, perguntou:

- Durante esses sete anos, você nunca me amou, mesmo que seja um pouco?

Seu olhar era deplorável, neste momento, ainda estava fantasiando que José tinha um pouco de sentimento por ela.

Ele finalmente se virou para a olhar, riu desdenhosamente e então trouxe para Isabel apenas infinita humilhação:

- Você também se atreve a falar de amor comigo? Isabel, esconda sua miserável autopiedade, isso me dá nojo!

José estava cheio de raiva em seus olhos, cada palavra cortando o coração de Isabel como uma faca.

Sabendo que ele tinha alguém para se casar, ela ainda conspirou tanto para se casar com ele, isso era o amor de Isabel?

Isabel segurou firme na borda do vestido, deixando os dedos pálidos. Não podia deixar de lembrar das palavras de sua amiga Clara:

"- Isabel, você, a filha da família Castro, tão querida por todos, por que se prender a José desse jeito?"

Ela também não sabia.

Talvez porque, aos dezessete anos, quando foi intimidada, ele a protegeu firmemente atrás de si, dizendo:

"- Bela, não tenha medo. "

Mas agora Isabel sabia, "Não tenha medo" era apenas uma frase reconfortante que poderia ser dita a qualquer um.

Isabel fechou os olhos, lágrimas escorrendo lentamente por suas bochechas, seu coração gradualmente se entorpecia, sem saber mais como era a dor.

Nos últimos três anos, ela sofreu demais, toda essa dor vinda da pessoa que ela mais amava, José!

Aos olhos de José, ela era uma mulher cruel, astuta, com um coração de serpente, uma mulher maligna que queria afastar a pessoa que ele amava.

Sete anos, mesmo se fosse um cachorro, deveria estar abanando o rabo para ela.

Mas ela não conseguia obter nem um pouco de confiança de José.

Em vez de se torturarem mutuamente, era melhor acabar logo.

Ela não queria mais continuar esse casamento que o repugnava. A cada segundo, ela não queria mais aguentar.

Isabel enxugou as lágrimas, olhou para ele com olhos sem brilho e disse suavemente:

- José, vamos nos divorciar.

A frase foi como um eco, ressoando em sua mente.

José deu um passo vacilante, se virou e seus olhos pousaram em Isabel, revelando um breve lampejo de surpresa.

Seu coração pareceu ser puxado por um momento, incapaz de acreditar que essas palavras estavam saindo da boca de Isabel.

Nos últimos três anos, ela sempre desempenhou o papel de boa esposa, cuidando meticulosamente de seu casamento.

Nunca mencionou o divórcio, não importava o quão pesadas fossem as palavras que ele lhe dirigisse.

O que era essa farsa agora?

José engoliu em seco, franzindo a testa enquanto advertia friamente:

- Isabel, pare com esses truques desprezíveis e peça desculpas para Carol imediatamente!

Isabel mordeu os lábios, completamente desiludida.

Ela deixou de lado a fraqueza e, pela primeira vez, falou com ele de forma cortante, sua voz extremamente fria:

- Eu disse que vamos nos divorciar, você não entendeu?

José ficou momentaneamente atordoado com o grito, seus olhos se escureceram.

Ela estava ali, tão perto, mas parecia haver uma grande distância entre eles.

José parecia não ter realmente olhado para Isabel há muito tempo.

Ela estava mais magra, longe da beleza radiante que tinha antes de se casar com ele. Agora parecia um tanto sombria.

Em maio, a Cidade A ainda não havia entrado oficialmente no verão, ela caiu na piscina e ficou imersa na água fria, agora tremendo por todo o corpo, muito desamparada.

Momentaneamente, os pensamentos de José foram arrastados de volta para a juventude.

Isabel, a adorada filha da família Castro, talentosa no piano, cortejada por toda a cidade.

Mas Isabel só o amava, insistindo que se casaria com ele.

Quando sua mãe ficou doente, Isabel, que nunca havia sido uma dona de casa, aprendeu a cozinhar e a fazer massagens, cuidando de sua mãe exigente de maneira exemplar.

Para ser honesto, naquela época, ele não desprezava Isabel, até aceitava se casar com ela.

Quando foi que tudo mudou?

Foi quando ele decidiu se casar com Carolina, e Isabel ainda estava fazendo todos os esforços para se casar com ele.

José apertou os lábios, sua voz suavizou:

- Isabel, eu não vou te convencer.

Teoricamente, Isabel pedindo o divórcio deveria o deixar feliz.

Mas não sabia por que, olhando para o rosto de Isabel, seu coração se apertava.

- Você tem certeza disso, determinada a se divorciar?

José olhou para Isabel, a sentindo estranhamente distante pela primeira vez.

Ela tinha planejado meticulosamente este casamento, ela realmente estava disposta a se divorciar?

O homem vestido elegantemente, alto e esguio. Ele era extremamente bonito, especialmente seus olhos estreitos e profundos, suas pálpebras finas, frias, mas muito sedutoras.

Era esse rosto que mantinha Isabel cativada.

Para poder suportar este casamento, ela suportou seus olhares frios e a presença de Carolina várias vezes. Ela achava que estava à altura deste casamento.

Mas um casamento era uma via de mão dupla, ela não podia o segurar sozinha.

Ela não queria ser a marionete do casamento, nem desejava os separar.

- Eu pensei nisso, já decidi. - Isabel sorriu gentilmente, com um calor em seu rosto.

José franziu o cenho, apertando sua jaqueta cada vez mais, sentindo uma estranha e irritante sensação em seu coração.

- Amei você por sete anos, José, eu perdi. - Isabel engoliu as lágrimas, forçando a dor em seu coração, ainda sorrindo gentilmente.

Ela perdeu, ela não conseguiu ter José, muito menos derreter seu coração.

Ela costumava não admitir que pudesse perder, mas agora, teve que aceitar.

José ouviu suas palavras, se sentindo particularmente deprimido.

- Como quiser. - Respondeu ele.

Afinal, Isabel estava acostumada a ter acessos de raiva. Se ele a ignorasse por alguns dias, ela agiria como se nada tivesse acontecido.

A porta foi fechada com força.

Isabel caiu no sofá, sorrindo com amargura.

Era hora de acordar desse sonho de sete anos sobre José.

Isabel pegou o telefone e fez uma ligação...

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