Isabel estava com os olhos vermelhos, as mãos pendendo ao lado das pernas, um pouco desorientada.
- Onde você estava? - A voz dele era grave, com um olhar avaliativo.
- Fui tomar um ar no pavilhão. - A voz de Isabel era suave, não parecia estar mentindo.
- O avô já está bem. - José informou.
Isabel se aproximou de José, seus olhos expressando desculpas:
- Desculpe por te causar problemas.
- Por que está dizendo isso? - Ele franziu a testa, não gostando da formalidade de Isabel para com ele.
Embora estivessem prestes a se divorciar, ele ainda era seu marido. Com o avô dela em apuros, ele não poderia ficar de braços cruzados.
Assim como no aniversário da avó, Isabel também tinha participado.
- Sobre o divórcio, eu... - Isabel hesitou.
José a interrompeu:
- Não precisa se apressar, vamos falar sobre isso quando seu avô melhorar.
Isabel levantou os olhos, ainda vermelhos. Ao olhar para ele, parecia um cervo assustado, frágil e adorável. Ela mordeu o lábio, abaixando a cabeça envergonhada.