Cristóvão
- Que chá passa? - pergunta Beatrice. - Você passou o dia todo com um humor ruim, como se algo o incomodasse.
- Só não tive um bom dia —respondo.
- Tens a certeza que é só isso? - insiste.
- Sim, já te disse.
- Bem, bem-levanta as mãos. - Pelo menos aceita o meu convite para ir ao bar e tomar umas bebidas juntos, como nos velhos tempos.
- Não tenho tempo, e você também tem trabalho —lembro-lhe. Ela faz uma careta.
- Vamos, só vai demorar um pouco. Vai fazer bem para nos livrarmos do trabalho por um momento.
Suspiro e volto a negar.
- Será noutra altura.
- Está bem, tu perdeste-o. - Ele levanta-se. - É toda a informação que vais querer? - volte ao assunto do trabalho, pegue a pasta que está na área de trabalho.
- Sim-assento. - Por enquanto será tudo.
Com isso sai do meu escritório. Eu tiro todo o ar que estava retido e recarrego nas costas da minha cadeira.
Como pude acreditar que ela confiava em mim? E que ela aceitaria com facilidade aquele presente que lhe enviei. Com iss