1. O Bar

Estava perdida pelas ruas de minha pequena cidade do Porto Alegre, andava procurando alguém que tivesse um celular ou algum orelhão de rua que desse para fazer uma ligação pelo menos para minha família. Odiava ficar sozinha, pois me sentia assustada e muitas vezes eu entrava em pânico como se eu fosse devorada por sei lá, naquele momento eu apenas sentia muito medo.

Depois de tanto andar por uma rua deserta fiquei muito cansada dando uma pausa para respirar e olhar em volta novamente, enxerguei uma luz a distância que deu aquela animada da onde eu me encontrava e resolvi ir correndo até lá com um único intuito de pedir ajuda.

Voltei a correr que nem uma louca, desesperada até chegar no local iluminado, conseguir um celular com alguém pelo menos para ligar para minha família, afim que eles viessem me buscar.

Chegando ao lugar vi que era um bar 24 hrs abri a porta me deparando com bêbados e prostitutas por todo lado, só havia uma pessoa sozinha naquele lugar, que não parecia querer se quer uma companhia.

Fui até a bancada do bar e pedi um celular ao dono hesitantemente, expliquei que havia me perdido e queria ir pra casa, o homem que parecia ter mais um pouco de idade me olhou da cabeça aos pés e logo pediu para me retirar, pois adolescentes não eram permitidos naquele local e eu temerosa me afastei reparando novamente no rapaz sentado sozinho bebendo, me aproximei dele e perguntei se ele me emprestaria seu celular, porem ele nem se quer me olhou, ficou imóvel sem expressão ou sentimento algum.

Com licença moço é que me perdi e sou de menor, sou de uma outra cidade quero ir embora pra minha casa, falava hesitante, mas nenhuma reação dele até que perdi paciência por estar sendo ignorada e falei novamente que precisava de um celular com calma pedindo que me olhasse pelo menos, quando de repente ele se vira pra mim.... seu rosto era tão perfeito e lindo que me hipnotizou, seus olhos eram azuis e cabelos negros como a noite, pele branco e boca bem carnuda, não consegui deixar de reparar na minha situação, o rapaz apenas me encarou e se levantou da sua cadeira com a mão embaixo do seu casaco.

E me respondeu apenas você é irritante em garota, crianças deveriam estar dormindo agora não?

Falou ele me deixando completamente irritada com seu modo de tratar as pessoas, eu sei que talvez tivesse me passando demais da conta de tanto tentar falar com ele, mas isso não justificou sua ignorância. Esse é o motivo por estar te pedindo o celular pra poder ir para casa e dormi como todas as crianças.

Retruquei sua ignorância por raiva da sua reação, normalmente sou calma, mas não gosto de pessoas ignorantes, eu explodo e sou pior ainda.

O rapaz riu de mim e logo voltou a me encarar com seus olhos azuis e que belos olhos eram.

Garota venha comigo vou te emprestar o celular lá fora.

Desconfiada pela expressão “venha comigo” o segui até a entrada do bar e logo de dentro do casaco todo preto ele puxou um celular e me entregou, deixou claro que eu fosse rápida e eu fiz minha ligação rapidamente logo em seguida desligando seu celular e o entregando, me despedi com um agradecimento e logo comecei a andar me afastando do bar, quando me dei conta de ter alguém atras de mim, já era tarde!

Tentei andar um pouco mais rápido e ouvi que seus passos também aceleravam, comecei a correr sem olhar se era apenas uma pessoa passando (impossível, quase impossível) ou se era o rapaz que me emprestou o celular tentando falar comigo, aquele pensamento fez olhar para trás rapidamente, não vi nada me seguindo, rir de mi mesma por estar tão assustada, era minha imaginação pregando uma peça comigo mesma...

Do nada quando decidi me virar sentir apenas uma pancada na minha cabeça me fazendo perder a consciência.

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