A respiração do homem estava desordenada, rápida, ardendo contra o peito dela. Era uma sensação formigante, como uma pluma sendo soprada para cima e para baixo.
O rosto dela começou a queimar incontrolavelmente, e as orelhas lentamente se tornaram vermelhas.
O olhar de Daniel era sombrio e profundo, como o de um lobo fixado em sua presa, pronto para devorá-la a qualquer momento.
— Está nervosa?
— Me solta, — ela disse, irritada.
— Dê-me um beijo, e eu te solto.
— Você... Daniel, você não tem vergonha? Quem é que está desconfortável aqui?
— Eu posso aguentar.
— Você...
— E ficamos assim, nesse impasse.
Beatriz olhou pela janela, notando os olhares curiosos dos transeuntes, claramente um espetáculo indecoroso sob a luz do dia.
Ela baixou a cabeça, consumida pela vergonha e raiva.
A autocontenção de Daniel era assustadora; mesmo nesse momento, ele permanecia imperturbável, embora o desejo em seus olhos fosse tempestuoso, pronto para transbordar. Mas ele observava com certeza de vitória, a