Na quietude da noite, quando até as crianças já haviam se entregado ao sono, Sarah desceu em busca de água, tentando aliviar sua insônia. Ao entrar na cozinha, encontrou Thomas. A luz fraca mostrava um homem imerso em pensamentos obscuros, a solidão presente em cada expressão do seu rosto
Ao erguer os olhos e avistá-la, o silêncio entre eles pareceu se intensificar e se tornar ainda mais aterrador, como se a cozinha se transformasse em um cenário para seus temores ocultos e paranoias inabaláveis.
Sarah tentou ignorar sua presença, pegou o copo e encheu-o na pia. Mas, ao tentar sair, Thomas bloqueou seu caminho.
— Thomas — sua voz cortou o silêncio, carregada de uma tensão que parecia vibrar no ar. — Está bem, precisamos conversar.
Thomas ergueu o olhar, e por um instante, o peso da noite pairou entre eles.
— Sobre o quê? — ele respondeu, a frieza em sua voz denunciando a batalha interna que travava.
Sarah hesitou, buscando as palavras certas, mas a dor e a frustração transbordavam.
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