Dois meses depois. Do outro lado da cidade, estava Miguel. Após dias dolorosos de recuperação, ele finalmente estava de volta ao seu território. Lorena caminha ao seu lado, sentindo orgulho do irmão. Ela não saiu do seu lado nem por um momento. Assim que Miguel sai do hotel em que estava hospedado, ele vai direto para a reunião com a cúpula, onde todos ficaram surpresos ao vê-lo caminhando com firmeza e sem dificuldades. — Senhor Miguel? É você mesmo? Achamos que você estivesse morto.— Disse o ancião com os olhos arregalados, sem conseguir disfarçar que estava feliz com sua suposta morte. — Sim, sou eu. Acharam mesmo que eu morri, não é mesmo? Mas estou de volta, mais forte e cruel do que nunca. — respondeu Miguel, com um sorriso malicioso no rosto. Lorena olhava para ele orgulhosa por tê-lo de volta. — O que vamos fazer, irmão? — Quero minha mulher ao meu lado. Page quem tiver que pagar para me passar informações sobre ela. Quero saber tudo o que aconteceu durante esses do
Com o amanhecer, Medson estava pronta para iniciar o dia, apesar da chuva, o ar estava agradável. Ela colocou um vestido que marcava bem sua pequena barriga e começou a se maquiar, com tudo que aconteceu ela deixou um pouco a vaidade de lado e só agora sentiu vontade de se cuidar como antes. Ela segura o batom levemente rosados e passa em seus lábios, por alguns segundos ela fica segurando o batom, seus pensamentos eram perturbadores, por algum motivo ela se culpava pelo que Miguel fez e agora carregando um filho suas dúvidas vinham, entre elas duas não saía da sua cabeça. E se ela não souber ser mãe e se não conseguir proteger o filho de pessoas como Miguel? Caio entrou e viu as inúmeras dúvidas pairando sobre ela. Medson sorri sentindo sua presença se aproximar.— Bom dia, carinho. Pronta para ouvir pela primeira vez o coraçãozinho do seu bebê?— Bom dia, Caio. Estou mais que pronta.— Por quê sinto que está ainda com dúvidas em relação a gravidez? Se for isso que está tirando sua
Miguel permaneceu escondido no Texas, desde então tenta se aproximar a qualquer custo de Medson, sempre contratando um homem ou uma mulher diferente, mas Fabrício não abre brechas na segurança dela. Os meses foram passando Medson entrou no sexto mes. Por mais que ele tentasse, Miguel não tem muitas informações sobre ela, Caio e Fabrício estão empenhados a protege-la de tudo e todos. Lorena estava disposta a se vingar de Medson, ela chegou a cogitar mata-la. Miguel mais uma vez mostrou que quem manda é ele. Sua obsessão por ela é tão doentia que se Medson chegar morrer ele diz que tem que ser por suas mãos. O pessoal da máfia aliada a de Miguel souberam que logo nascerá o herdeiro da família Bonanno. Sua ambição e sua ganância só aumentaram, ele mata por prazer, por controle e por poder. Miguel se sente invencível, como se estivesse acima de qualquer lei ou moral. Ele se tornou um verdadeiro monstro, disposto a tudo para conseguir o que quer. — Falhamos mais uma vez, Miguel,
Camila arregala os olhos, surpresa com a revelação.— Como assim ele está vivo? Mas... mas por que ele fingiu estar morto?Talles suspira, olhando para o chão por um instante antes de responder.— Não sei, pode ter ligação com a minha contratação.— Qual foi essa ordem? Quem ele quer que você mate?— Camila pergunta encarando os olhos de Talles com medo de suas desconfianças seja verdade.— Dois homens, um será um pouco mais difícil de alcançar sendo ele quem é, Fabrício Gutierrez, ou Leon como é conhecido no meio da máfia. Esse vai me dar um pouco de trabalho. Mas o outro... Caio Cesarini Bianchi será fácil, tudo que sei é que ele apenas um homem comum sem muitas informações, só um homem rico que preserva a imagem.— Não...— ao ouvir isso Camila senta no banco que havia próximo deles.— Você não pode matar eles, Caio principalmente.— ela sussurra colocando as mãos sob as dele.— Por favor Talles, sei que não tenho direito de te pedir nada. Mas não machuque ele.— Você o conhece?— Talles
Camila sobe para o apartamento suspirando. Por um tempo, ela chegou a acreditar que não merecia ser feliz. Talvez ela não tenha pagado pelo que fez com Medson, mas ela estava disposta realmente a tentar conquistar a confiança e o perdão dela. A noite que ela ficou com Vinícius, a expressão de decepção no rosto de Medson e a do pai nunca saíram da sua cabeça. Todos os dias ela se tortura.Conhecer Talles foi algo que ela jamais imaginou, principalmente pelas circunstâncias que aconteceu.Ela olha na sala e ouve a voz de Caio vindo do escritório. Em passos mansos, ela se dirige para seu quarto para não atrapalhar a conversa, mas então lembra da conversa com Talles. Caio tem os ouvidos aguçados e atentos, o mínimo soar é o suficiente para ele ouvir. Assim que percebe que alguém chegou, ele muda de assunto. Caio conversava com Luana e estava morrendo de ciúmes porque ela iria sair com os amigos.Camila bate na porta e, mesmo contrariado, Caio se despede de Luana e levanta para ver quem er
Medson estava sentada no chão frio daquela casa que hoje se faz seu cativeiro. As suas veste rasgadas, seu rosto machucado e as lágrimas que já não escorria mais, presas em seus olhos, sentindo a brisa sombria e o medo que a persegue abraçar seu corpo. Ela se lembrava vividamente do dia em que tudo mudou. A primeira vez que sentiu seu coração disparar, quando enfim se declarou para Fabrício, a traição da mãe, o acidente que tirou sua visão e o primeiro contato com o homem que destruiu a sua vida.Ela tentava se reerguer, mas parecia que o peso de todas as adversidades era esmagador demais. A voz de sua mãe ecoava em sua mente, as palavras cruéis que ela disse quando descobriu a traição com o melhor amigo de seu pai.Medson se perguntava como poderia seguir adiante. Naquele tempo a escola parecia tão distante, ela havia se afastado dos seus amigos, pois acreditou que eles fossem incapazes de lidar com a nova realidade de sua vida. Ela se sentia sozinha, uma solidão que ela mesmo se colo
Medson se despede dele, e vai para casa, andando feliz e sorridente pelas ruas pacatas do bairro, sua mochila pesada nas costas, e seu coração cheio de expectativa para contar sobre mais um dia de aula para seu pai. Ela é uma menina inteligente, dedicada e nunca se deixava abater pelas dificuldades que enfrentava por causa da sua convivência com sua mãe. A vida era uma constante luta para ela, mas Medson era forte e não permitia que isso a derrubasse.Ao chegar em casa, Medson percebeu um estranho clima de tensão no ar. Sentiu o cheiro de café e cigarro, e ouviu vozes abafadas vindas da sala de estar. Curiosa, ele seguiu pelo corredor até a porta entreaberta.O que Medson viu a deixou atônita. Sua mãe estava sentada no sofá ao lado de um homem que ela conhecia muito bem. Vladimir, o melhor amigo de seu pai. Eles conversavam em voz baixa, seus corpos se tocando, os risos, mas percebeu também o olhar preocupado da mãe e a expressão culpada de Vladimir.Medson se aproximou devagar, tenta
As semanas se arrastavam na casa de Medson,Mauro não sabia mais o que fazer para que ela saia do quarto e volte a ser a sua doce menina.— Por favor filha, você não pode ficar assim.— Como vou viver assim pai? Eu não consigo nem me vestir sozinha! Como vou fazer o mínimo sem ser um incômodo?— Filha, nunca mais fale isso, você não é um incômodo, eu sou seu pai e serei seus olhos daqui pra frente.Mauro se aproxima, abraçando fortemente sua filha.— Está tão difícil viver assim pai.— Eu sei filha, mas juntos vamos conseguir superar isso. Eu prometo que farei até o impossível para que você volte a enxergar.Ele sai do quarto cabisbaixo, seu olhos inchados por noites sem dormir pensando em como fará para conseguir o valor do dinheiro para seguir com o tratamento da filha. Sentado na cama ele olha Cassandra penteando seus cabelos.— Eu vou vender a casa!— Ele afirma desviando os olhos dela.— O médico disse que há esperança dela voltar a enxergar com uma cirurgia...— O que?— Cassandra