Quanto mais caminhavam, mais sentiam a impressão de estarem descendo numa ladeira.
— Oh, esquisita — disse Valéria para Zeynep —, por que não entendi as palavras mágicas que você falou para abrir a passagem?
— Porque é uma língua morta, bobinha. — respondeu a loira. — A Magia Vox Universalem não traduz línguas mortas.
— Eu sei, e imaginei que fosse isso.
— É a antiga língua egípcia, o Copta. Para matar a sua curiosidade, eu falei: "Entrada, eu te conjuro."
— Antiga língua egípcia? O que eles falam hoje?
— Árabe-egípcio. O que você pensou?
Valéria não respondeu, preferiu se fazer de grossa do que dizer qualquer besteira e se passar por ignorante.
— Onde você aprendeu Copta? — perguntou para mudar de assunto.
— Aqui mesmo, no Egito, com um feiticeiro-beduíno, antes disso, tive que aprender inglês avançado para me comunicar perfeitamente por que ele não falava turco e o meu sotaque atrapalhava na sua compreensão. Era um velho chato,