Na verdade, Beatriz já tinha apagado o número de Lucas.
Então, quando o telefone dela tocou, só apareciam uma série de números. Mas ela sabia que era Lucas.
Beatriz olhou para o sorriso de Rodrigo. Com essa expressão, ele devia saber que era o número de Lucas.
— Atenda, não precisa ter medo de eu ficar com ciúmes. — Disse Rodrigo.
Esse homem realmente pensa demais.
Não era medo de ciúmes, mas sim do sorriso dele, que estava um pouco assustador.
Beatriz atendeu e colocou no viva-voz, com a consciência tranquila.
— Beatriz.
A voz de Lucas parecia um pouco embriagada.
— Minha cabeça dói.
Beatriz fez uma cara de poucos amigos: — Tá doente? Vai procurar um médico.
Desligou na cara dele.
Antigamente, quando Lucas chegava em casa depois de beber e dizia que estava com dor de cabeça, Beatriz costumava dar um remédio para dor e ainda fazia uma massagem.
Rodrigo olhou para ela com um olhar cortante, como se estivesse julgando. Ele sorriu e, com um tom de sarcasmo, disse: — Beatriz, minha cabe