Alguém queria fazer ela sofrer.
Beatriz franziu a testa, decidida a trocar de hospital para consultar outro psicólogo. Ela não acreditava que estivesse com paranoia. Lucas, observando o esforço dela para se manter calma, comentou: — É uma cobra verde, sem veneno. Fica aqui fora, eu vou lá resolver isso. Ele segurava o casaco, prestes a entrar.
Beatriz segurou a manga dele, hesitante:— Espera aí. Deixa eu ligar para um serviço especializado.
Lucas baixou o olhar para os dedos finos dela, que seguravam sua manga com um toque mínimo, distante:— Ela não tem veneno. Se eu for rápido, posso pegá-la antes que entre em casa.
Só de imaginar a cena, Beatriz sentiu um arrepio. Já pensou acordar e encontrar uma cobra na cama? Ela imediatamente soltou a manga dele.
Lucas deu um leve sorriso e passou o casaco para ela, andando silenciosamente até a árvore. Beatriz ficou na porta, segurando a maçaneta, pronta para fechá-la se a cobra viesse em sua direção.
A cobra verde percebeu a aproximação e começ