Beatriz e Rodrigo não foram direto para casa.
Ela pediu aos seguranças que levassem Mafalda primeiro.
Sentou-se silenciosamente no banco do passageiro.
Rodrigo tomou o lugar do motorista.
Enquanto dirigia, disse: — Biababy.
Beatriz olhou pela janela, piscando os olhos ligeiramente vermelhos.
Lembrar de Afonso a fez reviver a humilhação daquela noite, e pensar no filho que não chegou a ter.
No fundo, o que ela sempre quis era simples.
Um lar tranquilo.
Mas às vezes, ter um lar tranquilo pode ser muito difícil.
— Bia, olha pra mim.
Ele parou o carro, seus olhos negros fixos nela.
Fora, a cidade brilhava; dentro, o silêncio reinava entre os dois.
Os cílios de Beatriz tremeram e ela virou a cabeça, olhando para baixo.
Rodrigo suspirou, tirou o cinto e se inclinou, segurando o rosto dela.
— O que é pra olhar? — Beatriz perguntou, rouca.
Rodrigo fitou seus olhos avermelhados, beijou sua testa e sorriu de leve: — Vou te fazer esquecer as preocupações.
Beatriz mordeu os lábios.
Rodrigo se ajei