Rodrigo voltou para Gramado.
Vera estava sentada no sofá, com os longos cabelos soltos, segurando um teste de gravidez na mão, visivelmente ansiosa.
Rodrigo olhou para o teste, dois risquinhos.
Positivo.
Ele se sentou no sofá, cruzando as pernas, com um ar meio despreocupado:
— E aí, o que pensa em fazer?
Vera estava meio aérea. Mordeu o lábio e falou:
— Sei lá.
Rodrigo lançou um olhar para ela:
— Amanhã, vou levá-la ao hospital fazer os exames.
— Tá bom. — Vera puxou os lábios, tentando sorrir, mas não conseguia.
Essa gravidez veio do nada.
Rodrigo a mandou subir e descansar. Quando Vera chegou no primeiro degrau, ela se virou de repente e disse:
— Quero ficar com esse bebê.
Ela apertou os lábios com força.
— Você tem certeza? Esse filho vai nascer sem pai.
Vera mordeu os lábios com mais força.
— E seus pais não vão curtir muito essa ideia.
Rodrigo analisou a situação com calma.
Vera sabia que a família dela não ia deixá-la ter filho sem casar, mas ela tinha que manter esse bebê