Depois que terminamos de comer, Romeu me ajudou a levantar da mesa. Ele continuava atencioso e carinhoso, como se não desse atenção ao que eu havia lhe dito.
Fomos nos sentar no grande sofá da sala de estar e ele passou o braço por trás de mim, me acolhendo junto ao peito.
Depois ele encostou os lábios próximo ao meu ouvido e falou baixinho, com a voz aveludada:
— Por que está querendo desistir de nós? Me acha velho para você?
— Não, claro que não!— eu me virei rapidamente.
Ele sorriu sedutor, segurou o meu rosto e me beijou. Todo o meu corpo se entregou àquele beijo.
— Não adianta fazer isso e depois me recriminar por não ser a esposa que você precisa!– eu o empurrei, agitada.
— Não existe um modelo de mulher, Juliette, deixe de bobagem!
— Claro que existe, ela tem que ser cega, muda e surda!
Enquanto eu surtava, Romeu ria da situação.
— Estou falando sério. Você não acredita, mas não estou feliz, não me sinto segura nesta relação!