Ficamos ali, abraçadas, sem dizer nada.
- Venha, vamos para o meu quarto! – peguei Pauline pela mão.
Ela precisava de carinho. E que eu dissesse que tudo ficaria bem. Claro que estávamos chateadas com nosso pai. Mas eu tinha certeza que ela estava tão mal quanto eu por tê-lo magoado de alguma forma. Porque nós o amávamos e sabíamos que ele sentia o mesmo por nós.
Quando passamos pelos guardas, um deles me disse:
- Por favor, Alteza... Eu poderia lhe falar?
- Claro. – consenti curiosa. Era raro algum dos serviçais querer trocar qualquer palavra conosco, a não ser a governanta, que era de confiança de meus pais, especialmente da minha mãe.
- Eu... Gostaria de devolver os ingressos ao senhor Chevalier. Não posso aceitar.
Eu tive certeza de que aquela era a dupla que estava de plantão na noite que Andrew passou no meu quarto.
- Não aceito devolução. Ninguém vai saber, não se preocupem. E eu posso garantir que se meu pai descobrir, não ficarão desempregados. O próprio Andrew os realocará e