Capítulo 04.

— Você tem de parar de a provocar. — Pietro diz enquanto andamos pelo corredor — Ela te odeia. Pela centésima vez tentou te matar. Você deveria tomar cuidada, não tentar a sanidade dele com provocações. Além de mais, não entendo porque você dá tanta corda para essa garota. Você não é assim, não com seus inimigos.

Olho para ele indignado.

— Quem disse que ela é minha inimiga? Você enlouqueceu?

— Não. Acho que você é quem está enlouquecendo. Ela te odeia desde que ela tem 12 anos. Deviam ter a mandado para África quando teve oportunidade.

— Tenho a certeza que ela arranjaria formas de chegar até mim.

— Então acaba logo com isso. Isso não é um jogo. Não leve as ameaças dela na esportiva. Esse ódio...

— Você fala tanto é ódio que até cansa. As tantas isso sequer é ódio. Talvez amor.

Ele me olhou como se eu tivesse duas cabeças. Depois começou a rir desesperadamente. Fechei a cara não achando graça da sua risada.

— Ohhh. Você está falando a sério?— ele voltou a rir — você só pode ter batido com a cabeça muito forte. — enxuga as lágrimas falsas — ela só te amaria se apagassem as memórias dela.

Ignorando suas palavras entro na sala de reuniões onde todos se encontram a minha espera. A reunidos inicia e como meu porta voz, Pietro falava por mim, enquanto eu me entretenho encarando Bárbara. Que por sua vez está concentrada na reunião.

Eu não nego que Pietro tem razão. Barbará pode me causar problemas irreversíveis. Essa personalidade forte dela torna muito difícil lidar com ela. Mas eu não vejo tudo isso, ou essa imagem que ela tenta vender. Eu vejo uma mulher dócil que tenta carregar os problemas para si, que tenta não ser um fardo para os outros. Uma mulher que daria sua vida por uma família que não há ama, nem respeita.

Minha doce criança.

— Enzo Marchetti — quando volto a mim, a reunião já terminou. E Lorenzo está de frente a mim.

— Humm. O que você quer?— olho em volta, e vejo a silhueta de Bárbara escondida atrás da porta entre-aberta. Pietro está sentado com os pés na mesa provavelmente cansado de tanto falar.

— Bárbara está solicitando sua presença na inauguração do Cassino em Milão.

— E porque ela não vem solicitar pessoalmente?— Lorenzo ajeita os óculos. Aposto que ele e Pietro comungam da mesma opinião não cutuca a onça com vara curta .

— Ela teve de sair. Tem muitos pendentes que resolver.

— Humm...e esses pendentes — disso sarcástico — envolvem ficar detrás da porta? Não acredito que a dea della guerra está com medo de me encarar.

— Você é um idiota. — Pietro.

— Amorzinho, eu não mordo, vêm para o papai.

—  Não prometo a segurar se ela entrar aqui e decidir te matar.

— Viu que eu estava certo. Ela está detrás da porta.— sorri convencido — Pode contar com a minha ilustre presença, baby. — dito isto a silhueta se afasta, então fecho a para e encaro Lorenzo seriamente. — Como ela está?

— Ela está bem. Mas, venha desconfiado de que algo não está certo na mansão.

— Falou com ela acerca disso?

— Falei. Mas que diferença faz isso. Ela prefere morrer há acreditar que alguém quer nos trair.

— Tem ideia de quem seja?

— Não. A pessoa está sendo sutil em seus movimentos.

— Fique atento em breve essa pessoa cometerá um deslize.

— Certo.— ele ajeita os óculos, mas antes de passar pela porta — Não fique testando a loucura dela, ela te odeia. Você sabe disso .

Estalo a língua irritado com essa conversa de ódio.

— Ele tem razão — Pietro.

— Fica quieto.

— Eu possa até ficar. Mas no dia que ela descobrir a ligação entre você e Lorenzo, ela não ficará. Vocês estarão no topo da lista de merda dela. Como seu amigo e como seu consigle, se contenha Enzo você não é imortal.

Cerei os meus punhos esmagando meus dedos contra minha palma. Por fora mantenho-me indiferente mas por dentro estou explodindo. Querendo pegar ela colocá-la numa sala e lhe obrigar a lavar a palavra ódio da boca. Não sei porquê me importo tanto com o que ela sente por mim. Eu sempre cuidei dela, apesar de tudo que sua família fez. Eu sei que ela sabe disso, mas ela teima mantendo esse ódio intacto.

Tudo bem. Ela pode continuar se iludido. Mas eu sou a verdadeira sombra por trás dela. Minhas mãos cobrem todo aquele corpo, tenho domínio sobre ela, desde o momento que coloquei meus olhos naquela garotinha ensanguentado, chorona e de olhos violetas. Como se fosse uma boneca perdida numa cena de crime. Uma linda boneca.

Me incomoda ouvir os outros dizendo que ela me odeia, mas eu sei, dentro do meu âmago. Eu sou a razão do seu ser.

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