MIGUEL
Acordei num quarto branco e com um acesso no braço. Ouvia sons de batimentos e ninguém no quarto. Parecia hospital. Olhei tudo ao redor e nada se parecia com o que passei, quando estava na rua.
Em silêncio, aguardei que alguém viesse, sempre aparece, mesmo que eu não queira. A verdade é que eu queria apenas uma, naquele momento: Ana.
Onde ela está?
Procurei alguma coisa que fizesse alguém entrar no quarto e não encontrei, ainda bem que a porta se abriu, revelando Antônio e Agnes.
— Meu filho, como você está? Seu pai me ligou, avisando que você tinha desmaiado. Está tudo bem, querido?
— Eu estou bem. A Ana?
— Ela teve que ir para casa. Não pôde ficar, disse que tinha que pegar a Malú, me pediu para dar notícias sobre você, assim que acordasse.
—: Mais tarde, Antônio. Não vamos perturbar a mente do nosso filho agora. Ele teve um desmaio, com certeza é sua lucidez voltando. Devemos deixá-lo respirar.
Um outro homem entrou no quarto.
— Boa noite.
— Doutor Brancco, alguma