Quando entrei no condomínio, a ansiedade estava prestes a jogar o meu coração para fora.O carro do Aslan estava ao lado do meu, o que significava que ele estava lá.Entrei no apartamento e houve um completo silêncio.— Aslan?— Estou aqui no quarto.Eu entrei no quarto dele e o vi deitado, mexendo no celular.Ele olhou para mim, sorriu, se levantou e caminhou em minha direção.— Está tudo bem? Porque você está tão tensa?Ele perguntou envolvendo a minha cintura, e me dando um beijo que me desmontou inteira.Senti como se uma tonelada estivesse saindo das minhas costas.— Então está tudo bem entre a gente?A pergunta simplesmente saiu dos meus lábios sem nenhum controle.— Que pergunta é essa? Porque não estaria?Foi inevitável, a pressão que eu coloquei em mim mesma foi tão forte que as lágrimas começaram a brotar dos meus olhos, era exatamente isso que a ansiedade fazia com as pessoas, e eu era vítima dela a bastante tempo.— Maya? Porque você está chorando? Está tudo bem, amor.Ele
ASLAN"""Eu tinha a melhor das intenções, queria fazer algo grandioso, algo que fizesse a Maya se lembrar com emoção pelo resto da vida dela, mas me assustei quando vi ela em completo desespero por achar que havia algo de errado entre nós dois.Os olhinhos assustados dela, a ansiedade gritante, quando ela chegou, fez o meu coração apertar. A minha mãe havia me criado para ser o homem perfeito quando eu encontrasse a mulher perfeita, e eu falhei na minha primeira tentativa, e aquilo de certa forma me deixou frustrado, eu poderia ter pensado em algo melhor.Eu fiquei mais aliviado quando ela começou a dar pulinhos de alegria depois de eu contar toda a verdade, quer dizer, quase toda, pois ela ainda não sabia sobre o pedido de casamento.Trepamos, nos divertimos, passamos um dia maravilhoso, e eu escondi dela a ansiedade que eu estava sentindo por esse pedido, eu estava cheio de medos, a dúvida sobre estar apressando o tempo dela estava quase me enlouquecendo, mas consegui manter o eq
MAYA"""Eu não sabia quando aquele medo de ser tudo um sonho iria passar, mas eu depositei em mim um merecimento que eu nunca pensei em ter...Eu merecia ser feliz.Estávamos tão entregues um ao outro no táxi, que nem percebemos quando chegamos ao aeroporto, tudo parecia tão mágico, era como se os nossos espíritos estivessem em festa, talvez fosse uma pequena amostra do que realmente significava ser feliz.Passamos direto pelas filas, fomos guiados até uma sala cheia de conforto e silêncio, onde o cheiro de café e perfume caro se misturava no ar. Ele pediu duas taças de champanhe e brindou comigo como se aquilo fosse um ritual, “à nossa nova aventura”, ele sussurrou, encostando a taça na minha com um olhar que me fez esquecer do mundo.— Aslan, ficar nesse espaço deve ter te custado uma fortuna.— Não se preocupe com isso, Maya, você merece o melhor. Falando nisso, eu preciso fazer uma ligação.Ele se afastou um pouco de mim, e ligou para alguém, eu fiquei curiosa para saber para quem
Aslan"""Eu me chamo Aslan Rounx, tenho 31 Anos, e herdei as empresas Rounx depois que o meu pai faleceu. Nessa época eu havia acabado de me formar em Farmacêutica justamente para trabalhar com ele, mas acabei recebendo toda a responsabilidade dos negócios.Eu ainda estava na universidade quando conheci uma garota insuportável, ela estava procurando uma vaga e eu também, mas eu cheguei primeiro, e ela colocou o carro velho e horrível dela bem no meio da passagem pra roubar a minha vaga.— Me desculpe, mas essa vaga é minha.— Não é não, eu coloco o meu carro aqui todos os dias.— E por conta disso você se tornou a dona do espaço?A garota estava com os cabelos presos em um boné e de óculos escuros, parecia um moleque.— O fato de eu colocá-lo aqui todos os dias faz dessa vaga minha sim.— Anda garota, sai da frente, você está fazendo eu me atrasar pra aula.— Sai você, afinal é você que está fazendo nós dois perdermos tempo.A minha vontade era de bater no carro dela e tirá-lo da min
Nesse mesmo dia houve uma festa no campus, era aquele tipo de festa que a gente fazia escondido pra levar bronca depois, eu não dormia nos alojamentos pois o meu apartamento ficava perto do campus, mas mesmo assim eu fui pra festa.Eu sempre ouvi falar que um raio não caia no mesmo lugar duas vezes, mas nesse dia ele caiu, e mais uma vez eu estava buscando uma vaga pra estacionar o carro, e um outro carro tentou roubar a vaga.— Ah não, só tem ladrão de vaga nesse lugar? Eu falei já descendo do carro, decidido a resolver a situação com o condutor do outro veículo, o farol do carro dele estava impedindo que eu conseguisse enxergar direito, mas quando eu me aproximei, eu reconheci o carro velho.— Eu não acredito nisso, de novo? Eu falei batendo no vidro do carro dela.Quando ela baixou o vidro, eu quase fiquei sem voz, eu já sabia que ela era linda, mas ela estava de tirar o fôlego.— Você vai me mandar ir pra puta que pariu de novo?Ela ficou olhando pra mim esperando uma resposta, en
Eu não devia ter ido a uma loja de carros comprar um pra uma estranha, mas eu fui.— Você quer que eu coloque no seu nome, Senhor Aslan?Eu fiquei em dúvidas se deveria ou não colocar no meu nome, eu poderia simplesmente mandar deixar na universidade e a louca iria se virar com isso depois, mas eu fiquei imaginando que ela também não teria dinheiro pra rebocar o carro, já que estava sem o documento dele, certamente não poderia dirigi-lo.— Sim, coloque no meu nome e eu mesmo vou levá-lo, não precisa entregar.— Sim, senhor.Eu deixei o meu carro no estacionamento da própria loja e disse que iria pegá-lo antes do fim do dia, o dono não se opôs, então eu peguei o carro novo da maluca, cujo nome eu nem sabia, e fui pra universidade na esperança de encontrá-la.Eu fui pra vaga que ela disse ser dela, embora no dia anterior ela tivesse tentado estacionar em outra, mas eu não sabia nada da garota, e ali era o único lugar que eu poderia encontrá-la, mas ela não apareceu por lá, e outro carro
Ela ficou séria, e deu alguns passos na minha direção. — Eu topo. — Eu nem te falei das minhas condições. — E tem condições? — Quando você pediu esse carro, você deu as suas condições, mas ainda está me chamando de babaca, porém eu tenho as minhas condições pra que você fique no meu apartamento. — E quais são? — Você vai passar uma semana andando comigo nos intervalos das aulas me chamando de meu amor, você vai pegar o meu café, vai me entregar e vai dizer: Está aqui meu amor, e vai todos os dias na minha sala e dizer: Boa aula meu amor. — Nem fodendo eu vou fazer isso. — Então nada feito, pode dar adeus ao meu apartamento. Eu saí andando e ela me interrompeu novamente. — Eu aceito. Eu olhei pra ela me sentindo vitorioso, enquanto ela estava com sangue nos olhos. — Eu não tomei café ainda, vamos? Ela saiu andando ao meu lado furiosa, e eu fiz o possível pra não rir da cara dela, afinal ela sabia esmurrar uma pessoa muito bem. Quando chegamos no refeitório, eu sentei em u
Ela ficou me encarando por alguns segundos, como se estivesse buscando algum vestígio de brincadeira. — Vamos? Eu perguntei, já pegando a mala da mão dela. — Eu não vou fazer o quê você me pediu, se é isso que você tem em mente ao me levar pro seu apartamento. — Relaxa esquentadinha, eu não quero que você faça nada, além de continuar estudando aqui e correndo atrás dos seus sonhos, entendeu? Ela me encarou outra vez, e os olhos dela ficaram marejados, e eu percebi que isso acontecia com frequência. — Quem falou pra você que eu não iria mais estudar aqui? — Sua amiga, mas não briga com ela, eu que insisti pra ela me dizer. — Então você perguntou a ela por mim? — Sim. — Então você sentiu a minha falta? Eu vi o sorrisinho debochado dela e tentei ignorar. — Você não vai fazer eu me irritar com você já no primeiro dia de convivência Maya. — Convivência? Como assim? Ela perguntou assustada. — Sim, se vamos dividir o apartamento, nós precisaremos nos entender. —