NARRAÇÃO DE ALEXANDER...
Tio Gabriel disse que é como um parto!
É a última contração! A pior dor! É o meu bebê chegando, meu anel lapidado em diamante vermelho.
Meu pai apareceu com o copo de água. Nem hesitei, abri a porta em desespero e bebi como se o mundo estivesse acabando.
Meu pai estava sendo o pai que tanto desejei, paciente e compreensível.
Tio Gabriel tentava ser paciente, mas a cara de dor que ele carregava, mostrava que estava se segurando para não chorar.
- Tudo bem. Vamos... - Suspirei saindo da limusine.
- Graças a Deus!! Vou esperar lá dentro. - Tio Gabriel andou engraçado. Tentava esconder as dores que sentia em seus pés, impossível! Eu sei o que senti. Ele manca. Não quero saber, quero meu tênis de volta.
- Posso confiar em você? - Meu pai perguntou. Confirmei forçando um sorriso. Ele entrou no salão. Fiquei parado por alguns segundos. A porta do salão abriu ainda mais.
Criei coragem e dei o primeiro passo. Tropecei pois o sapato do tio Gabriel é largo, meu pé