NARRAÇÃO DE IRINA...
Nunca pensei que viveria para sentir aquela dor.
Dizem que ver um filho entre a vida e a morte, é de longe a pior dor que uma mãe pode sentir. Graças a Deus, eu não vivi isso e rezo para que continue assim.
A dor agora é diferente, estou vendo o homem da minha vida, entre a vida e a morte...sinto uma dor, aquela malditä dor que nunca havia sentido. Era como se houvesse um buraco negrö aberto, debaixo dos meus pés, e eu simplesmente caí.
Mesmo depois de permitirem minha entrada na sala de cirurgia por apenas trinta segundos, não me senti melhor, principalmente porque o olhar daquele segurança que permitiu minha entrada, carregava o luto, como se entendesse que aquilo era uma despedida.
Mas não era... Não, não mesmo! Pedi para entrar por um único motivo, precisava falar em seu ouvido que o esperava.
Por quê? Eu não seria forte o suficiente para deixá-lo partir, não teria forças para me despedir do homem que tanto amei, do homem que me ensinou tantas coisas boas