Tempos depois...
Ana Lis.
— Sr. Andrew, você viu Dylan?
— Não.
Respondeu sem dar muita importância. Havia procurado o garoto pela casa toda e não o encontrei em lugar nenhum, enxuguei o suor na testa exausta, já estava ficando preocupada. Me deixar com o coração apertado é um dos talentos do meu filho.
— Dylan?
O chamei mais uma vez, a sala de jantar estava silenciosa, exceto pelo barulho que Andrew fazia enquanto mastigava os legumes. Notei que estava tranquilo demais, não me olhava nos olhos, se mantivera de costas, sentado à mesa. O tempo todo encarando uma obra de Pablo Picasso.
Não demorou para sentir o cheiro de traquinagem no ar, sorri assim que olhei em direção aos pés da cadeira que Andrew estava sentado. Vi a ponta de um sapatinho preto, escondido atrás das pernas do cúmplice de Dylan.
— Oh! Céus, estou ficando tonta!
Soei com a voz fraca e entrei na brincadeira. Eles queriam me deixar preocupada, então resolvi dar o troco.
— Onde está o meu filho? — murmurei — algué