Quando acordei, estava num quarto de hospital. Um médico idoso e com a aparência simpática, segurava a pequena lanterna focando nos meus olhos.
— Siga a luz — fiz o que me pediu. — ela está consciente.
Ele avisou para alguém e desapareceu logo depois.
— Oh, Deus! Que susto!
Respirei aliviada quando vi Tomás ao meu lado. Minha cabeça doía, na verdade, tudo em mim, parecia estar quebrado.
— Foi por pouco, Lis. Faltou isso aqui — ele fez um gesto com dois dedos. — Você seria esmagada em público.
Seus olhos estavam vermelhos, as laterais inchadas demonstravam que meu primo havia chorado muito. Quando percebi a gravidade da situação, senti um grande nó se formar em minha garganta e fiquei péssima.
— Tentaram me matar... — O calor das lágrimas aqueceram meu rosto — não foi um acidente, foi?
Virei a cabeça para o lado e o encarei sem ânimo. Estava cansada demais para continuar sendo forte. Tentar ser forte é exaustivo.
— Por quê? Não entendo...
O frio que sentia foi ficando cada vez ma