Aquilo não era, de forma alguma, o que a mulher esperava ouvir. Tudo o que queria era que ele dissesse que voltariam a ser um casal e que tudo seria como antes da tragédia começar. Mas precisava aceitar a realidade.
— Eu... entendo — disse com profundo pesar. — Espero que possamos ser bons amigos, apesar de tudo. — Em seguida, o abraçou, e ele retribuiu o gesto com doçura.
Um leve sorriso surgiu em seus lábios antes que ela se afastasse e, com ternura, acariciasse o rosto dele. A cena era íntima, e à distância parecia uma demonstração de amor profundo, pois Ramsés não afastou a mão dela — ao contrário, tocou-a com suavidade, mantendo os olhos fixos nos dela.
— Ramsés? — A voz que ele menos esperava ouvir naquele momento quebrou o encanto.
Ramsés se afastou apressado de Vera, e ao olhar para sua pequena loba, viu a tristeza profunda gravada em seus olhos. Ao lado dela, Hatice exibia uma expressão de repulsa diante do que acabara de presenciar.
— Ísis... minha pequena, venha — disse ele