Dandara encarou profundamente os olhos de Paco, e mesmo que a proximidade absurda dos seus lábios frente ao deles, fosse agonizantemente quente, ela conseguiu se manter racional.
— Estou ciente do quanto você pode ser perigoso, senhor Benrouissi. — Ela sussurrou, os olhos presos em seus lábios. — Sobretudo, quando tenta de todas as formas se manter tão próximo a mim.
Aquele comentário divertiu Paco, que não teve opção além de um sorriso preguiçoso e astuto esticar em seus lábios carnudos e rosados. Ele sentia o quão afetada Dandara se encontrava, em cada pequena vez em que ele invadia o seu espaço daquele jeito.
No entanto, o modo que o seu peito subia e descia, que a sua respiração ofegante soava como uma canção quente em seus ouvidos, e o sangue corria até as bochechas de Dandara, a deixando vermelha e quente... Era um caminho traiçoeiro, como uma areia movediça. Porque não importava o quanto sua racionalidade o informava que deveria recuar, ele queria mais.
E nesse ímpeto